Lei da greve domina campanha. Pedro Nuno acusa Montenegro de "mentir" e "comparar alhos com bugalhos"
O secretário-geral do PS recorda que, em 2019, os motoristas de matérias perigosas não estavam a cumprir os serviços mínimos na greve que quase paralisou o país e foi essa a razão para admitir, na altura, mexer na lei da greve
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Pedro Nuno Santos acusa Luís Montenegro de mentir para desviar atenções. O líder socialista lembra que, em 2019, os motoristas de matérias perigosas não estavam a cumprir os serviços mínimos na greve que quase paralisou o país e foi essa a razão para admitir, na altura, mexer na lei da greve. O secretário-geral do PS, no início de uma arruada em Trancoso, distrito da Guarda, lamenta que o atual primeiro-ministro misture "alhos com bugalhos".
"O ainda primeiro-ministro não é sério, faz mesmo da mentira um estilo de vida e compara alhos com bugalhos. Estamos a falar de uma greve que parou o país, uma greve que impediu o abastecimento de infraestruturas críticas e em que os serviços mínimos não estavam a ser cumpridos. Portanto, estamos a falar de situações completamente diferentes", explica o socialista, recordando que, "no ano passado, houve um acordo entre o Governo, a CP e os trabalhadores que pressupunha atualizações salariais ao longo de 2025, que não estão a acontecer".
O secretário-geral do PS argumenta que "o Governo não é sério e que não está a cumprir com a sua palavra". "Isso obviamente leva a que os trabalhadores se sintam revoltados com o não cumprimento daquilo que tinha sido acordado no ano passado", atira.
Questionado sobre as palavras do Presidente da República, que quer dar posse a um Governo com condições para governar, Pedro Nuno Santos descansa Marcelo Rebelo de Sousa.
"O Presidente da República pode ficar descansado, porque um governo liderado pelo PS será um governo de diálogo e de estabilidade. Eu, quando estive nos assuntos parlamentares a coordenar negociações com quatro partidos, ninguém acreditava que se conseguisse aprovar um, quem diria quatro, conseguimos aprovar quatro e, portanto, aquilo que vai acontecer também na próxima legislatura é que um Governo liderado pelo Partido Socialista vai garantir estabilidade política ao país e diálogo entre todas as forças políticas", acrescenta.