Arménio Carlos exorta o PS a encontrar soluções com os partidos à esquerda.
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O secretário-geral da CGTP defendeu esta sexta-feira que "este é o momento" para o Governo passar das palavras aos atos e alterar a legislação laboral.
Arménio Carlos falava aos jornalistas no final do plenário nacional de sindicatos da CGTP, em Lisboa, que reuniu quase 700 dirigentes e ativistas sindicais, que aprovaram as linhas estratégicas da intersindical para 2018.
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"Não nos podemos esquecer de que estamos a meio do mandato do Governo (...) ou conseguimos que as coisas sejam resolvidas em 2018, ou corremos o risco de chegar às eleições [legislativas em 2019] e a legislação laboral continuar intocável", sublinhou.
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A CGTP está disponível para negociar, mas não para ser "cúmplice de um processo em que se fala muito e se faz pouco", acrescentou.
As alterações à lei laboral "fazem-se com a participação dos trabalhadores", mas "há a necessidade de os deputados do PS terem uma atitude de abertura juntamente com os do PCP, BE e PEV" para se encontrarem soluções, defendeu Arménio Carlos.
Na sua intervenção no encerramento do plenário, o líder da intersindical apelou à mobilização e unidade de todos os trabalhadores para que o Governo "passe a refletir duas vezes antes de decidir" e sublinhou que nenhuma forma de luta está excluída, ficando dependente do evoluir dos acontecimentos.
Para já, além das ações setoriais e em várias empresas, estão agendadas três ações nacionais: uma semana de luta pela igualdade no início de março, uma manifestação nacional da juventude trabalhadora em 28 de março e a jornada de luta do 1.º de Maio.
Na resolução aprovada por unanimidade no plenário, a CGTP volta a exigir o aumento geral dos salários em pelo menos 4%, o combate à precariedade, a negociação coletiva, o direito a 25 dias úteis de férias, entre outras matérias.