Líder do PS Lisboa acusa Moedas de transformar comemorações do 5 de Outubro numa "ação de propaganda"
Davide Amado considera que Carlos Moedas não é "nem poeta, nem fazedor, Moedas é só desilusão"
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O presidente do PS Lisboa, Davide Amado, afirmou este sábado que "só Carlos Moedas" podia transformar a comemoração dos 114 anos da República "numa ação de propaganda".
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas alertou este sábado para os problemas da imigração, afirmando que o país não pode "aceitar uma política de portas escancaradas que conduz à desordem".
"Hoje assistimos a manifestações de um drama humanitário que nos envergonha a todos como país. Nós precisamos de imigração, mas não podemos aceitar uma política de portas escancaradas que conduz à desordem, dá espaço a redes criminosas e multiplica casos de escravatura moderna", disse o autarca, anfitrião das cerimónias oficiais do 5 de Outubro.
O autarca já foi criticado por outros partidos, como o BE, Livre e PAN, pelas declarações proferidas e foi acusado de se colar ao "discurso da extrema-direita".
O socialista Davide Amado vem agora juntar-se ao coro de críticas a Carlos Moedas, através de uma publicação na rede social X, em que afirma que só o autarca não é "nem poeta, nem fazedor, Moedas é só desilusão".
O líder do PS Lisboa lamenta que Carlos Moedas tenha passado "anos a ignorar a pobreza nas ruas", depois de o autarca ter anunciado que tinha encontrado solução para o problema dos imigrantes que estavam a viver há vários meses em tendas junto à igreja dos Anjos.
"Depois de anos a ignorar a pobreza nas ruas, anuncia que em 24 horas arranjou casa para todos os sem-abrigo de Arroios", sublinhou.
Este é o primeiro 05 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março, e acontece num contexto de negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025.
Na tradicional sessão solene na Praça do Município, em Lisboa, que foi pelo segundo ano consecutivo vedado ao público, marcaram também presença, entre outras individualidades, o primeiro-ministro, Luís Montenegro e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.
Antes dos discursos, foi hasteada a bandeira portuguesa na varanda do Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao som do hino nacional.