Líder do Vox diz que direita portuguesa não deve repetir erros do PP em Espanha
Santiago Abascal esteve presente num jantar-comício do Chega e traçou paralelos entre as realidades políticas portuguesa e espanhola.
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O líder do Vox, partido da extrema-direita espanhola, defendeu, esta noite, que a direita portuguesa não deve cometer os mesmos erros cometidos pelo Partido Popular (PP) em Espanha.
Santiago Abascal foi a figura em destaque, no jantar-comício do Chega, esta quarta-feira, em Olhão, onde declarou apoio a André Ventura e comentou o cenário político em Portugal.
"Eu creio que não se deve cometer os erros que cometeu o Partido Popular espanhol, que ofereceu, permanentemente, um pacto ao socialismo", defendeu
"Acho que há muitos cidadãos, em Espanha e em Portugal, que estão cansados do bipartidarismo. Estão cansados de ver tanto os populares como os socialistas a fazer o mesmo - não só nas instituições nacionais, como nas instituições europeias – e querem uma alternativa", declarou o líder do partido conservador que, nas últimas eleições espanholas, sofreu uma pesada derrota, não conseguindo sequer reunir deputados suficientes para formar, com o PP, uma maioria de direita.
Santiago Abascal afirma acreditar num bom resultado do Chega, tanto nestas legislativas, como nas próximas eleições europeias, o que, admite, pode dar força aos partidos desta família política pelo resto da Europa, incluindo o Vox.
"O Chega e o Vox são partidos com uma grande ambição. Com uma grande responsabilidade, com muita humildade, mas uma grande ambição. Amamos as nossas pátrias e aspiramos a chegar ao poder", assumiu Abascal.
"Sabemos que isso não se consegue da noite para o dia, é preciso muito trabalho. Há percalços, há resultados que, às vezes, não são os esperados", afirmou, referindo-se ao resultado do Vox nas eleições espanholas, mas salientando que, pelo contrário, o Chega está, nesta altura, "num bom momento".
"Acredito que vai ter um resultado excelente", anteciou. "Portugal merece lutadores como os do Chega e Espanha também merece que a defendamos, que é o que vamos fazer", concluiu.