Livre: candidato mais votado nas primárias apresenta recurso da decisão da comissão eleitoral

O candidato mais votado na pimeira volta da primárias do Livre para as eleições europeias vai apresentar recurso da decisão da comissão eleitoral. O Livre decidiu restringir as regras de votação na segunda volta apenas a membros e apoiantes, depois de na primeira ter permitido o voto a qualquer pessoa. Num e-mail enviado aos inscritos no processo das primárias, o Livre justifica a decisão por existirem “fortes indícios de viciação”.  À TSF , Francisco Paupério diz que foi com surpresa que recebeu a notícia.

“Fiquei muito surpreendido com a decisão, especialmente desta mudança de eleitores a meio do ato eleitoral porque até considero que é abusivo para com o espírito do que são as primárias abertas e até contra, na minha perspectiva, o regulamento. E por isso, também, fiz o pedido de recurso ao conselho de jurisdição por considerar que não tem validade legal”, afirma Francisco Paupério.  

À TSF, o candidato mais votado na primeira volta pede explicações à comissão eleitoral. “Tem de se explicar porque a fez e porque a tomou”, sublinha, acrescentando que depois das explicações é que se saberá “se está tudo dentro da legalidade”.  

A comissão eleitoral do Livre entende que “a única forma de garantir a integridade do processo de primárias” é na segunda volta participarem apenas membros e apoiantes, excluindo os cidadãos que não têm qualquer ligação ao partido.  

Os resultados foram conhecidos na semana passada e houve seis candidatos a passarem à segunda volta. Em primeiro lugar, ficou Francisco Paupério, membro do partido. 

A comissão justifica que foram contabilizados 185 votos num único candidato "provenientes dos eleitores inscritos" - que não são membros do partido - e quatro votos únicos nesse mesmo candidato, provenientes de membros e apoiantes.