Livre espera que escolha de Amadeu Guerra "signifique um novo paradigma" com transparência e comunicação
Rui Tavares defendeu também que "haja consultas prévias" com os partidos em várias matérias
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O porta-voz do Livre manifestou esta sexta-feira o desejo de que a nomeação do novo Procurador-Geral da República "signifique um novo paradigma na forma de lidar com a República como um todo", com capacidade de comunicação pública e transparência.
Rui Tavares disse ter a expectativa de que com o novo PGR "não venhamos a saber de coisas muito importantes para a nossa vida coletiva através de comunicados do gabinete de imprensa" e que esse tipo de decisões deve ser comunicado em declarações públicas que expliquem "aos portugueses qual o impacto das decisões da PGR"
"Isso no último mandato nitidamente não se passou, esperamos que venha a passar-se no próximo", afirmou numa crítica a Lucília Gago.
Rui Tavares desejou ainda um "bom trabalho" para o mandato de Filipa Urbano Calvão, esta sexta-feira nomeada presidente do Tribunal de Contas, pedindo que seja "durante o seu mandato que finalmente o Governo (...) faça o rol de todo património que o Estado português tem, para que possamos finalmente mobilizá-lo para a utilidade pública que deve ter".
O porta-voz do Livre defendeu também que "haja consultas prévias" com os partidos em várias matérias, mas salientou que, no processo de escolha da liderança do Ministério Público, "é absolutamente claro que é uma prerrogativa do Governo".
"Para o Tribunal de Contas poderia ter, de facto, havido alguma consulta prévia mais alargada, mas confiemos que isso de nenhuma maneira belisca o que vai ser o trabalho dos responsáveis agora nomeados", considerou.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nomeou hoje, sob proposta do Governo, Amadeu Guerra como procurador-Geral da República, informou hoje através de uma nota da Presidência.
Na mesma nota, informa-se que a cerimónia de posse terá no lugar no Palácio de Belém, no próximo dia 12 de outubro, um dia depois do final de mandato da atual procuradora, Lucília Gago.
Também sob proposta do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa nomeou Filipa Urbano Calvão como presidente do Tribunal de Contas, que sucede no cargo a José Tavares, que tomará posse no mesmo dia que Amadeu Guerra, uma hora antes.
