Livre pede ao Governo que condene ataque à Flotilha humanitária e admite pedir presença do embaixador israelita na AR
À TSF, o deputado Jorge Pinto estende o pedido de tomada de posição à União Europeia e à comunidade internacional. Acrescenta que o Livre não descarta a possibilidade de pedir ao Executivo que chame o embaixador israelita para mais esclarecimentos
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O Livre pede ao Governo que condene o ataque ao barco da flotilha humanitária, com destino a Gaza, que tinha naquele momento a bordo o ativista português Miguel Duarte.
O barco foi atingido por um drone na madrugada desta terça-feira, no mar Mediterrâneo, ao largo de Tunes, a capital da Tunísia.
Ouvido pela TSF, o deputado Jorge Pinto sublinha que este ataque leva o partido a "pedir uma posição firme e clara de condenação" ao Executivo de Luís Montenegro, acrescentado: "Não podemos aceitar que um barco com bandeira portuguesa, com um cidadão português a bordo, seja atacado — com toda a probabilidade — por um Governo estrangeiro em águas territoriais de um terceiro país."
Nós sabemos que o Governo israelita se julga ao abrigo de toda e qualquer lei internacional, mas não está. O direito internacional existe e tem de ser respeitado. É essencial que o Governo português, a União Europeia e a comunidade internacional sejam claros na condenação destes ataques porque já basta. Já basta ter um território cercado, já basta de dezenas de mortes diárias, de pessoas a morrer à fome, de uma política de genocídio
Jorge Pinto avança ainda que o Livre pondera pedir ao Governo que peça esclarecimentos ao embaixador de Israel em Portugal. "Atendendo à gravidade do que aconteceu, exige-se um esclarecimento cabal sobre quem foi ou não responsável. Portanto, o Livre pondera pedir ao Governo que chame o senhor embaixador de Israel em Portugal, para que esclareça se efetivamente este ataque é da responsabilidade de Israel. Se for, o Governo português também tem de ser claro no tipo de ações que tomará em resposta ao ataque a esse barco que tem, repito, bandeira portuguesa."
Deste ataque ao barco da Flotilha, não há vítimas a registar. O barco vai ser alvo de reparações, para seguir viagem e a missão vai continuar. Além do ativista Miguel Duarte, a flotilha conta com mais duas pessoas portuguesas: a deputada bloquista Mariana Mortágua e a atriz Sofia Aparício.
