Livre quer proibir venda de raspadinhas em estabelecimentos de saúde e restringir a publicidade a apostas online
O partido alerta para uma dependência invisível e defende que é preciso legislar
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O Livre quer proibir a venda de raspadinhas em estabelecimentos de saúde e restringir a publicidade a jogos e apostas online. O partido alerta que há quem esteja a lucrar com a desgraça financeira de muitos, pelo que é preciso legislar.
As propostas do partido atingem até os clubes de futebol que, nesta altura, têm patrocínios milionários com casas de apostas. Isabel Mendes Lopes fala numa dependência invisível: “A pessoa sai de casa e tem publicidade nos transportes públicos, vê televisão e há publicidade ao jogo, vai ver o e-mail e há publicidade ao jogo. Está em todo o lado e a pessoa não consegue fugir a uma dependência da qual quer fugir.”
O Livre quer, por isso, restringir a publicidade a jogos e apostas online e proibir que figuras públicas deem a cara por estas marcas. As proibições devem também chegar às competições desportivas, desde logo, ao futebol, numa altura em que a Liga Portuguesa é patrocinada por uma casa de apostas, assim como os principais clubes. “É uma espécie de função parasítica”, atira Rui Tavares.
A venda de raspadinhas em hospitais também deve ser proibida, na opinião do Livre.
O partido quer inscrever, no entanto, um regime transitório até ao fim dos contratos de publicidade.