No espaço "A Opinião", da TSF, Francisco Louçã defendeu que a prioridade do país deve ser o SNS e criticou o novo líder do PSD por não fazer do tema uma prioridade.
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Francisco Louçã afirma que Rui Rio não tem propostas concretas para o país. No espaço de comentário da TSF, "A Opinião", o economista sublinhou a necessidade de reformas no Sistema Nacional de Saúde (SNS) e criticou o novo presidente do PSD por não apresentar nenhuma ideia nesse sentido.
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O antigo líder do Bloco de Esquerda considera que, apesar de já ter reunido com o primeiro-ministro e o Presidente da República, depois da sua eleição como líder da oposição, "não se viu nenhuma ousadia de propostas por parte de Rui Rio".
Para Francisco Louçã, mesmo dentro do PSD "há uma oposição fortíssima a Rui Rio", referindo que grande parte do partido "espera que ele seja um regente provisório, para desaparecer daqui a dois anos".
O comentador defendeu que a maior intervenção deve ser no SNS, que precisa de uma verdadeira reforma, e deixou críticas ao líder social-democrata, por não fazer do tema uma prioridade.
Francisco Louçã aponta que o SNS está a tornar-se periférico, enquanto Estado suporta financeiramente os hospitais privados e referiu que o custo da Saúde para as famílias portuguesas "é dos maiores na União Europeia". "É escandalosamente alto", afirmou, acrescentando que isso se deve ao "peso exagerado do setor privado".
O antigo líder bloquista considera que o PSD apenas tem defendido aquilo que classifica como reformas de "língua de pau". "Chama-se reformas a tudo o que seja destrutivo", como, por exemplo, facilitar os despedimentos, diz Francisco Louçã. Na opinião do economista, chamar "reformas" a estas medidas é uma forma de mascarar a natureza destrutiva das mesmas - "um nome simpático", como se beneficiassem toda a gente, referiu.
O comentador fala em "pastelice ideológica" e defende são necessárias "reformas que respondam a problemas, e não invenções por lóbis ou por interesses". "Uma reforma é fazer bem para todos, é melhorar a vida das pessoas", concluiu.