Maioria não vota antecipadamente. Crise na Madeira e protesto dos polícias influenciam pouco o voto

A menos de um mês das eleições legislativas,   a maioria dos inquiridos (72%) sabe que pode votar antes do dia 10 de março, mas não tenciona utilizar o voto antecipado (71%).

No entanto, quase um terço dos inquiridos (28%) ainda desconhecem essa possibilidade. Entre eles, a grande maioria (80%) tem mais de 50 anos.

Com menor expressão, 10% dos inquiridos já experimentaram, mas não tencionam repetir a experiência, enquanto 8% (sobretudo voto mais jovem) tencionam voltar a utilizar o voto antecipado. Outros 8% estão a pensar em utilizá-lo pela primeira vez.

Questionados sobre dois dos temas que têm marcado a atualidade, os inquiridos mostram-se conhecedores da crise política na Madeira e dos protestos das forças de segurança, mas afirmam que não vão influenciar o sentido de voto a 10 de março.

76% dos inquiridos afirmam que acompanharam a crise que resultou na demissão do presidente do Governo regional da Madeira Miguel Albuquerque. Para 24% esta crise passou ao lado.

No entanto, quase 60% afirmam que estes acontecimentos políticos não vão influenciar o voto nas legislativas.

Pelo contrário, cerca de um terço dos inquiridos (31%) pensam que “sim” e, entre estes, metade até lhe atribui um peso grande, são sobretudo eleitores do Chega, por outro lado, entre os maiores partidos, PS e PSD, um terço admite influência deste caso no voto.

Já sobre  protestos dos polícias que reclamam o subsídio de missão como foi atribuído aos inspetores da Polícia Judiciária, 90% ouviram falar, 10% não.

Mas 61% afirmam que não irá influenciar o sentido de voto, enquanto 31% admitem que “sim”. Também neste caso, entre quem admite que o voto vai ser influenciado está cerca de metade de eleitores mais jovens e quase 60% dos eleitores que dizem votar no Chega.

Ficha técnica

A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com o voto antecipado e temas da atualidade. O trabalho de campo decorreu entre os dias 8 e 13 de fevereiro. Foram recolhidas 805 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,5%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.