Mandou Mamadou Ba à "ba(rdamerda)" mas apagou o post. Era "jocoso", garante lider distrital do PSD
No Facebook, João Moura criticou em tom "jocoso" o pedido de proteção policial feito por Mamadou Ba, que no início da semana chamou "bosta" à polícia.
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A crítica surgiu online e seria só para amigos, mas começou a gerar polémica a nível nacional e desapareceu. O líder da distrital de Santarém do PSD, João Moura, teve no seu perfil do Facebook, durante algumas horas, uma mensagem dirigida a Mamadou Ba - dirigente do SOS Racismo e assessor parlamentar do BE - na qual se lia: "Bamos lá a Ber se nos entendemos! O Mamadou ba, chamou bosta à Bófia, leia-se polícia de merda, agora sente-se inseguro e pede segurança policial. Ó Mamadou e se fosses ba(rdamerda)!"
João Moura, que está a desempenhar funções de deputado em substituição de Duarte Maques (a gozar uma licença de parentalidade), criticava assim a postura do assessor bloquista Mamadou Ba, que pediu proteção policial dias depois de ter chamado "bosta" à polícia.
À TSF, o líder da distrital de Santarém explica que a mensagem foi publicada na sua "página pessoal, com um número limitado de amigos", mas acabou por ultrapassar esse círculo. Quando João Moura se apercebeu da "proporção nacional que o assunto assumiu", escolheu retirar o post. Ainda assim, e quando confrontado com o teor da mensagem, assegura que a mesma tinha um "tom jocoso" destinado a essa página pessoal, tanto que não foi publicado noutras que tem - como por exemplo a de líder distrital.
João Moura explica que queria mostrar "a contradição entre as palavras ofensivas de Mamadou Ba ao referir-se às forças de segurança, de forma generalizada, quando agora pede proteção a essas mesmas forças que insultou." A polémica instalou-se com a partilha do post, que tomou uma proporção que João Moura "não imaginava". Por isso, resolveu retirá-lo.
Na segunda-feira, Mamadou Ba publicava, também no Facebook, uma mensagem na qual se referia à polícia como "bosta", aludindo aos incidentes no Bairro da Jamaica entre moradores e PSP. O dirigente do SOS Racismo foi alvo de várias ameaças desde que partilhou esta publicação e chegou mesmo a pedir proteção policial, através do seu advogado, por ter medo da escalada de violência de que podia vir a ser alvo. Mamadou Ba foi perseguido por dois militantes do PNR, que se dirigiram a ele num tom intimidatório.
https://www.facebook.com/MBB1974/posts/10218015603010038