Marcelo acredita que Guterres terá "papel importante" para resolver crise síria

Rafael Marchante/Reuters
Presidente e homólogo checo defendem combate à crise dos refugiados através da criação de melhores condições nos países de origem.
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Apostados numa perspetiva mais ampla para travar a situação dos migrantes e refugiados, Marcelo Rebelo de Sousa e o presidente da República Checa, Milos Zeman, defenderam ao início da tarde, em Belém, um caminho que "vá à raiz dos problemas".
"Não podemos condenar essas sociedades nem as novas gerações a becos sem saída", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.
Uma solução que para o presidente checo passa por considerar o chefe de Estado sírio, Bashar Al-Assad, "um mal menor" na defesa dos interesses internacionais face ao terrorismo islâmico.
Por considerar a questão do terrorismo e dos refugiados um desafio complexo para a Europa, Marcelo Rebelo de Sousa diz acreditar que o novo secretário-geral da ONU, António Guterres, tenha "um papel importante" na resolução do conflito sírio, que é, nas palavras do presidente, "um conflito sem saída".
Numa altura em que a Europa enfrenta várias incógnitas, como o pós-brexit ou as relações com a nova administração norte-americana, o Presidente da República pede coesão para resolver os problemas.
Após o encontro de cerca de hora e meia com Milos Zeman, Marcelo tratou ainda de elogiar as relações magníficas entre Portugal e a República Checa e defendeu o reforço da amizade entre os dois países que querem levar mais longe as trocas comerciais, de investimento, no setor digital e no turismo.