Marcelo diz que "é um imperativo nacional" aproveitar "novo ciclo" na Justiça e pede "passos mais pequenos"
"Se assim for, ganham todos os intervenientes e ganham os portugueses. Ninguém ganha com atraso após atraso", avisa o Presidente da República
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que é "um imperativo nacional" que Assembleia da República, Governo e protagonistas judiciários aproveitam o "novo ciclo" na Justiça e pede que sejam dados "passos mais pequenos" em áreas específicas.
"Que um novo ciclo se abriu, parece indiscutível. Que essa oportunidade deve ser aproveitada, também. Que o tempo foge e convida a que Assembleia da República, Governo e protagonistas judiciários não desperdicem correspondem a um imperativo nacional. Se assim for, ganham todos os intervenientes e ganham os portugueses. Ninguém ganha com atraso após atraso", disse o Presidente da República no discurso que encerrou a cerimónia de abertura do ano judicial.
Marcelo Rebelo de Sousa recorda que há oito anos ambicionava um "pacto de Justiça", que foi feito e teve "sucesso limitado", e fala agora de "passos mais pequenos" em "áreas de maior urgência de intervenção".
O Presidente da República diz que a Justiça "passou a ser vivida como escolha de passado e futuro" e que as "novas lideranças" permitem "uma oportunidade para escolher mais passado ou mais futuro".
Mas deixa uma dúvida no ar: "Quem tomará a iniciativa?"
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "uma e outra conhecem virtualidades e limitações, pelo que o diálogo e convergência entre ambas se afigura ser porventura a via mais promissora".
O chefe de Estado invocou todos aqueles que "esperam, espera após espera, tempo após tempo, e que acreditam que este novo ciclo oferece possibilidades únicas de concretização da mudança na justiça", e pela sua parte manifestou "uma esperança reforçada" de que isso venha a acontecer.