O Presidente da República sublinhou hoje que é preciso aproveitar o consenso generalizado que existe, porque essa "conjugação astral pode deixar de existir".
Corpo do artigo
"Há condições únicas de conjugação nas várias instituições para que o passo possa ser dado, não sei se elas são repetíveis daqui por uns anos", alertou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção no encerramento da conferência nacional '40 anos do poder local democrático', que decorreu em Loures.
Sublinhando que "política faz-se com mulheres e homens de carne e osso" e com pessoas concretas, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que existem momentos em que "há pessoas concretas apostadas numa determinada mudança e essa conjugação astral pode deixar de existir noutra conjuntura completamente diversa".
À saída da conferência, organizada pela câmara de Loures, em declarações aos jornalistas, o Presidente da República reforçou a ideia de que neste momento há um consenso com as "pessoas concretas que estão na Presidência da República, no Governo, no parlamento de uma forma generalizada nas diversas bancadas para se fazer a reforma do poder local, para reforçar o poder local".
"Este é o tempo adequado antes que fiquemos muito próximos das eleições autárquicas. Neste momento há essa vontade, pode deixar de haver no futuro, nunca sabemos. Acho que é um bom astral, neste momento em que há este consenso tão generalizado", vincou.
Ainda na sua intervenção, o Presidente da República tinha também reiterado o orgulho que é fazer parte da "família autárquica", recordando os seus tempos como autarca, primeiro em Cascais, depois em Lisboa e em Celorico de Basto, considerando que ser autarca é "uma grande aventura e um grande de desafio", porque não se "gere papéis", mas lida-se com pessoas e com os seus problemas concretos.
"O poder local consegue fazer a sopa de pedra, resolver problemas com escassíssimos meios", salientou.