Presidente da República fala num "passo importante" e defende apuramento do roubo de material militar "a fundo" a bem do "prestígio" das Forças Armadas.
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Confrontado com as notícias dos últimos dias sobre o "caso Tancos", Marcelo Rebelo de Sousa diz que está a acompanhar com "todo o interesse" a investigação criminal ao roubo do material militar.
De regresso de Nova Iorque, onde participou na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente da República esteve esta tarde na sessão de encerramento da IV Cimeira do Turismo, em Lisboa. À saída, o chefe de Estado considerou os avanços da investigação "um passo importante" que leva a investigação para uma "nova fase".
"Neste momento estamos perante um passo importante na investigação criminal. Um passo importante da investigação quanto ao reaparecimento das armas - veremos em que termos - e, depois, um passo que pode ser importante quanto ao desaparecimento das armas, que não é menos importante, é mais importante ainda", disse o presidente da República, que recusou comentar a possibilidade de ser constituída uma comissão parlamentar de inquérito sobre o caso.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a investigação criminal é "fundamental", defendendo o chefe de Estado que é necessário levar a investigação criminal até ao fim, a bem do "prestígio" dos militares e do país.
"Porque é que sempre defendi que era preciso ir até ao fundo e apurar tudo doesse a quem doesse? E porque é que sempre pensei que a investigação criminal era fundamental? Precisamente pelo prestígio das Forças Armadas, do Estado e da democracia", afirmou, sublinhando que "o pior que podia acontecer era, sobre uma matéria desta sensibilidade, ficar uma cortina de nevoeiro que não fosse possível ultrapassar pelo apuramento da verdade".
O diretor-geral da Polícia Judiciária Militar (PJM), Luís Vieira, foi detido na terça-feira, estando entre os oito visados por mandados de detenção emitidos na Operação "Húbris", relacionada com o caso das armas furtadas em Tancos. Para além de Luís Vieira, os mandados de detenção visaram outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos da GNR.
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