Marcelo espera que sapadores e Governo reatem conversações "no ano que vem" para rever estatuto
O Presidente da República voltou a realçar "a justiça de estar há 22 anos sem revisão do estatuto" dos profissionais e apontou o reatar para o próximo ano, embora as reuniões entre os sindicatos e o Governo estejam agendadas para este mês, ainda que as negociações estejam suspensas
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta terça-feira que espera que as negociações entre os sapadores-bombeiros e o Governo reatem no próximo ano para rever o estatuto "bastante ultrapassado" destes profissionais.
"Eu espero que haja oportunidade no ano que vem de haver o reatar das conversações para se modificar o estatuto que estava bastante ultrapassado", afirmou o chefe de Estado aos jornalistas durante a visita oficial aos Países Baixos, apesar de, embora suspensas, existirem rondas negociais entre o Governo e os sapadores agendadas para os dias 13 e 20 deste mês.
Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que "são 22 anos, é muito tempo" e voltou a diferenciar o teor dos protestos da necessidade das negociações: "Uma coisa foi o teor das manifestações, relativamente ao qual já manifestei reservas. Outra coisa é a justiça de estar há 22 anos sem revisão do estatuto, fruto deste pingue-pongue que existe do Governo para a Assembleia, do Governo para o poder local, do poder local para o Governo e para a Assembleia."
O Presidente da República também abordou o estado de saúde do homólogo brasileiro, Lula da Silva, que foi operado de urgência na noite de segunda-feira, em São Paulo, após se ter queixado de uma forte dor de cabeça.
"Ele tinha tido a queda. Na altura, eu acompanhei com cuidado essa queda e agora, passados dois meses, temos um efeito em termos de hemorragia interna. Foi operado. A notícia que eu tenho é de que a primeira evolução foi favorável em termos de estado de saúde, mas naturalmente que com muita amizade e com, não direi preocupação, mas com atenção, nós vamos acompanhando e apoiando o Presidente Lula na sua convalescença", disse Marcelo Rebelo de Sousa.