Marcelo lembra "dedicação incansável à ciência" e legado do físico português Nuno Loureiro

Ampe Rogério/Lusa (arquivo)
Marcelo Rebelo de Sousa manifestou "profundo pesar" pela morte de Nuno Loureiro, sublinhando que "foi vítima de um ato de violência que chocou a comunidade académica e científica"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta terça-feira a morte do físico português Nuno Loureiro, baleado em casa em Boston, nos Estados Unidos, sublinhando a sua "dedicação incansável à ciência" e o legado que deixa.
"O professor universitário Nuno Loureiro distinguiu-se pelo seu rigor intelectual, pela dedicação incansável à ciência e pelo contributo relevante que deixou na área da física", pode ler-se, numa nota na página na Internet da Presidência.
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que, "para além do mérito profissional, era reconhecido pelo seu espírito colaborativo, generosidade no partilhar de conhecimento e compromisso com o progresso científico".
"A sua morte prematura representa uma perda irreparável para a ciência e para todos os que com ele trabalharam, e conviveram. Neste momento de dor, o Presidente da República expressa sentidas condolências à família, amigos, colegas e a toda a comunidade científica", destacou ainda o chefe de Estado português.
Na sua nota, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou "profundo pesar" pela morte de Nuno Loureiro, sublinhando que "foi vítima de um ato de violência que chocou a comunidade académica e científica".
Conforme os media norte-americanos, Nuno Loureiro, 47 anos, que dirigia o Centro de Ciência do Plasma e Fusão do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foi morto a tiro na sua casa, em Brookline, na Área Metropolitana de Boston, Estado de Massachusetts.
O docente e investigador foi transportado para um hospital de Boston, onde foi declarado o óbito hoje de manhã e a polícia abriu uma investigação de homicídio.
A morte do físico Nuno Loureiro, baleado em Boston, foi anunciada hoje em Portugal pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, durante uma audição parlamentar, sem avançar mais informações.
Formado em 2000 em Engenharia Física Tecnológica pelo IST e doutorado em 2005 em Física pelo Imperial College London, no Reino Unido, Nuno Loureiro juntou-se em 2016 ao MIT, onde era também professor.
Desde maio de 2024 dirigia o Centro de Ciência do Plasma e Fusão do MIT, um dos maiores laboratórios do instituto, onde desenvolvia trabalho em física teórica e as suas aplicações em fusão nuclear.
No Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, unidade do Técnico onde se tornou investigador em 2009, liderou o grupo de Teoria e Modelização.
Citado em 2024 pelo IST, Nuno Loureiro defendia que "a energia de fusão irá mudar o curso da história da humanidade".
Nos Estados Unidos recebeu, em 2017, o Prémio Carreira da Fundação Nacional de Ciência e, mais recentemente, em 2025, o Prémio Presidencial de Início de Carreira para Cientistas e Engenheiros, concedido em janeiro pelo então Presidente Joe Biden.
