Marcelo reage a ataque a Montenegro e defende que protestos com tinta "já perderam a eficácia"
O chefe de Estado reagiu ao ataque com tinta contra Montenegro, mas recusou comentar as declarações de Passos Coelho para não entrar no clima de campanha eleitoral.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que os protestos com tinta, como aquele que aconteceu esta quarta-feira contra o líder do PSD, Luís Montenegro, "já perderam a eficácia".
"A partir de determinada altura é uma forma de atuação muito pouco eficaz. Já aconteceu fora de campanha, em campanha, com ministros do Governo, aconteceu com um candidato a primeiro-ministro. Tem acontecido", defendeu Marcelo.
Questionado sobre as polémicas declarações do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que relacionou a imigração com a insegurança, o chefe de Estado recusou comentar para não entrar no clima de campanha eleitoral.
"Em campanha eleitoral, cada um defende os seus pontos de vista e os demais que discordam, discordam e cada um, naturalmente, dramatiza aquilo que entende que é útil para a obtenção de votos. Depois na hora da verdade os portugueses dirão se valeu ou não a pena. Não quero comentar a campanha eleitoral. Se fosse comentar uma ou outra candidatura estaria a tomar uma posição", argumentou o Presidente da República.
Para servir de exemplo "contra a abstenção", Marcelo vai votar antecipadamente já este domingo.
"Viu-se na última eleição que 300 mil portugueses votaram antecipadamente. Vou experimentar o voto antecipado no próximo domingo porque estou esclarecido e é uma alternativa interessante e importante quando queremos combater a abstenção", acrescentou.