Marcelo responde: "Cavaco Silva, no fundo, disse que era a mais estranha decisão do meu mandato"
Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda o recado sobre o que pensa a propósito de ex-presidentes que se pronunciam sobre as decisões dos atuais Chefes de Estado: "uma questão de cortesia e de sentido de Estado".
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Depois do ex-presidente da República, Cavaco Silva, classificar a decisão de não reconduzir Joana Marques Vidal no cargo de Procuradora-Geral da República como "a mais estranha da Geringonça", Marcelo Rebelo de Sousa sublinha, em resposta aos jornalistas que a última palavra é do Presidente da República e não do Governo: "O que me está a dizer é que o Presidente Cavaco Silva, no fundo, disse que era a mais estranha decisão do meu mandato."
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Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda um recado sobre o que pensa a propósito de antigos presidentes que se pronunciam sobre as decisões dos atuais Chefes de Estado.
"Perante isso, eu tenho sempre o mesmo comportamento que é: eu entendo que, desde que exerço estas funções, não devo comentar nem ex-presidentes, nem amanhã, quando deixar de o ser, futuros Presidentes, por uma questão de cortesia e de sentido de Estado. E não vou afastar-me dessa orientação", salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo o presidente da República, é do conhecimento geral que "quem nomeia as procuradoras-gerais da República são os presidentes, não são os governos", sendo esse, portanto, insiste, um ponto assente e que limita o número de envolvidos na decisão.
Na quarta-feira, Cavaco Silva, ex-chefe de Estado, disse que a não recondução de Joana Marques Vidal como Procuradora-Geral da República é algo "muito estranho, estranhíssimo, tendo em atenção a forma competente como exerceu as suas funções e o seu contributo decisivo para a credibilização do Ministério Público".
Na semana passada, sob proposta do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa nomeou Lucília Gago para procuradora-geral da República, com efeitos a partir de 12 de outubro.
Esperança que a execução do Aeroporto Portela + Montijo seja rápida
Marcelo Rebelo de Sousa diz-se satisfeito depois de ter ouvido António Costa adiantar que falta apenas o estudo de impacto ambiental para ser "irreversível" a solução aeroportuária Portela + Montijo.
O chefe de Estado sublinhou, à margem da IV Cimeira do Turismo, que é preciso correr atrás do tempo perdido e pede que agora que a execução do novo aeroporto seja rápida. O presidente considera que o tempo não para e que, a bem do pais, vai ser necessário manter o rigor e ser rápido na execução.