De visita à Casa dos Marcos, o Presidente da República sublinhou a "segunda fase da vida" em que a associação vai entrar. No final da visita, ao volante do seu carro, deixou um apelo: se beber, não conduza.
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Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou, esta segunda-feira, a resiliência da associação Raríssimas, sublinhando que a instituição conseguiu entrar numa nova fase, depois da polémica que a assolou.
No final de uma visita à Casa dos Marcos, o Presidente da República salientou o papel da Segurança Social e de outras entidades no apoio à instituição.
"Havia dúvidas quanto a se resistia, resistiu. Havia, naturalmente, muito a levantar e era preciso ver quem ficaria envolvido no projeto. A Segurança Social apoiou imensíssimo, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa envolveu-se também imensíssimo e também a Fundação Aga Khan, isto num período em que o mecenato deixou de ser aquilo que era. Foi possível hoje ver, ao dar a volta que demos, que está viva e vai entrar numa nova fase com protocolos assinados, com a escolha de quem vai ter responsabilidades técnicas no futuro. É uma segunda fase na vida da Raríssimas, foi possível salvá-la e tem um papel único porque continuar a ser uma instituição como não há nenhuma outra em Portugal", salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
À saída desta visita, e ao volante do próprio carro, Marcelo Rebelo de Sousa foi confrontado com os números da operação "Natal Tranquilo" da GNR, na qual já se registaram 12 mortes. Depois de conhecer estes números, o Presidente da República deixou um apelo aos portugueses para que, caso bebam, não conduzam.
"Aqui o apelo que há a fazer aos portugueses - é um período longo este porque é um fim de semana longo - é que se beberem não conduzam e peçam a alguém, a [um] familiar, que conduza, que beba um bocadinho menos", pediu.
O Presidente da República quer, por isso, que os portugueses "tenham precauções acrescidas" porque às vezes "o querer-se chegar depressa demais faz perder a vida num minuto ou ter um acidente que é dispensável".
"Um Feliz Natal para todos. Vamos vivê-lo hoje e amanhã ainda, mas com algum cuidado em termos de circulação no país", insistiu.
A operação "Natal Tranquilo" registou no terceiro dia, no domingo, 190 acidentes na estrada, que resultaram em cinco mortos e três feridos graves, elevando para 12 as vítimas mortais desde o início da operação, disse hoje fonte da GNR à Lusa.
Desde as 21:00 de sexta-feira, a operação da GNR registou pelo menos 830 acidentes que resultaram em 12 mortos e 21 feridos.
No domingo, segundo os dados provisórios da GNR, os acidentes rodoviários mortais tiveram lugar nos concelhos de Trofa, Rio Maior, Ovar, Almodôvar e Arcozelo (Ponte de Lima).
A GNR tem em curso desde as 21:00 de sexta-feira e até quarta-feira a Operação "Natal Tranquilo", que prevê o reforço do patrulhamento e da fiscalização nas vias com maior tráfego nesta altura do ano no país.
A operação conta com a participação de mais de 1.400 militares da Unidade Nacional de Trânsito e dos Comandos Territoriais.