Marcelo "surgiu, talvez de mais, em salvação do Governo". Irá Santana apoiar a sua recandidatura?
Nas vésperas do primeiro congresso do seu novo partido, Santana Lopes deixa em aberto a hipótese de apoiar uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República.
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Pedro Santana Lopes ainda não diz se vai apoiar Marcelo Rebelo de Sousa numa recandidatura à Presidência da República. O líder do novo partido Aliança afirma que é preciso ser especialmente exigente com o Presidente e considera que Marcelo "surgiu, talvez de mais, em salvação do Governo".
Na opinião de Santana Lopes, o Chefe de Estado deve mobilizar o país para as grandes causas: crescimento económico, coesão territorial e as mudanças na Justiça - algo que o líder do Aliança espera que Marcelo ainda consiga alcançar na segunda metade do seu mandato de presidência.
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Numa moção com o nome "Um país às direitas", que Pedro Santana Lopes leva este fim de semana ao congresso do Aliança, é remetida para mais tarde uma decisão sobre o apoio a uma eventual recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, em 2021. Santana Lopes garante que esta será tomada a devido tempo, depois de o partido fazer o "balanço necessário".
"O congresso reúne-se este fim de semana. Vamos ver as conclusões finais", disse Santana Lopes à TSF.
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A moção, da qual Santana Lopes é o primeiro subscritor, elege 10 prioridades para o país: do crescimento económico à redução da carga fiscal, passando pelo combate à corrupção e pela defesa da coesão social e territorial.
O documento destaca também outras prioridades: a saúde, com a aposta na generalização dos seguros; a reforma dos sistema politico e a necessidade de círculos uninominais (com um candidato único à Assembleia da República) e de um circulo nacional de compensação, que garanta a proporcionalidade e tenha em conta o total de votos em cada partido. Santana Lopes quer ainda a redução do número de deputados no Parlamento e a limitação de mandatos.
Santana Lopes tem defendido uma coligação pós-eleitoral com o PSD e o CDS, que substitua a frente de esquerda, declarando-se disponível para fazer parte de um Governo de centro-direita.
O congresso do partido Aliança decorre este fim de semana, em Évora.