Margarida Blasco abriu a porta, mas fechou-a pouco depois. Governo esclarece que direito à greve não será discutido com polícias
O Governo enviou comunicado horas depois das declarações da ministra Margarida Blasco
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A ministra da Administração Interna dá um passo atrás e esclarece que o direto à greve das forças policiais não vai ser discutido com os sindicatos. Esta tarde, Margarida Blasco afirmou aos jornalistas que essa seria uma questão em cima da mesa.
Agora, em comunicado, o Governo escreve que qualquer interpretação “não pode vincular o Ministério da Administração Interna que tudo tem feito cumprir o programa do Governo”.
Um programa onde consta a “valorização e dignificação da carreira dos profissionais de polícia”, mas que não contempla o direito à greve.
Depois de ter assistido ao congresso da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, onde o direito à greve dos polícias foi um dos assuntos discutido entre portas, a ministra foi questionada sobre o tema. “Nem sim, nem não”, respondeu a governante, mas admitindo colocar o assunto em cima da mesa.
“Vamos começar no dia 06 de janeiro um conjunto de revisões e é um ponto que pode estar e estará, com certeza, em cima da mesa. Neste momento não vou dizer se sim ou se não, porque vai ter de ser submetido a um estudo”, disse a ministra.
O Governo esclarece agora que o direito à greve não vai ser discutido nas revisões que o ministério pretende encetar, em diálogo com os sindicatos, mas apenas “a representação laboral e os direitos sindicais”.