Mariana Mortágua apela ao voto das mulheres: será “barreira contra a direita e extrema-direita”
Numa arruada em Braga, marcada pela chuva, a coordenadora do Bloco de Esquerda desvalorizou as sondagens e mantém-se convicta numa maioria à esquerda.
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Os últimos cartuxos da campanha do Bloco de Esquerda em Braga foram direcionados para o apelo ao voto das mulheres. Um voto que Mariana Mortágua descreve como “barreira contra a extrema-direita e direita”.
“Eu vi uma direita a fazer uma campanha de ataques às mulheres, uma campanha que quer reduzir a liberdade das mulheres, que quer voltar atrás no direito das mulheres e eu penso que as mulheres estão em Portugal para dizer que não, que não aceitam. Há direitos que conquistámos e nem um passo atrás”, declarou.
Foi com chuva que a cidade dos arcebispos recebeu a arruada bloquista. Num distrito em que perdeu
representação, em 2022, a coordenadora do bloco chamou Catarina Martins para dar força a uma campanha que, espera, possa “virar a página da maioria absoluta” e eleger Bruno Maia, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Braga.
As últimas sondagens apontam para 5,5% das intenções de voto no Bloco de Esquerda, contudo, a líder do BE diz estar confiante numa maioria à esquerda.
Antes de “mandarem parar a água para passar a Mortágua”, a caravana bloquista esteve num estabelecimento conhecido da cidade dos arcebispos para contacto com a população. Entre os desabafos, um retrato do estado da administração pública. Funcionários desmotivados e desgastados devido ao congelamento de carreiras, mas também fruto de “anos da regra dois por um” que Mariana Mortágua garante que a direita pretende recuperar.
Findas as tréguas do mau tempo e sem condições para chegar à porta que nunca se fecha, no dia 10 de março resta saber se a campanha foi abençoada. As últimas horas serão passadas na rua, mais concretamente em Lisboa, onde o Bloco de Esquerda
irá participar na marcha do Dia Internacional das Mulheres.
“Eu apelo a que todas as mulheres saiam à rua e se façam ouvir amanhã (sexta-feira) porque o voto também é das mulheres”, apela.
