O ponto de encontro para outra arruada, este sábado, do Bloco de Esquerda era a Praça 25 de Abril, na Amadora. Deolinda Martin e Marisa Matias foram depois ao mercado ouvir queixas e fazer promessas.
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Cerca de 15 pessoas estão prontas a arrancar em mais uma arruada para a campanha eleitoral do concelho da Amadora. A comitiva do Bloco de Esquerda está preparada com bandeiras e panfletos, mas numa manhã de sábado não são os únicos na rua e ao fundo ouvem-se os bombos da candidatura da coligação PSD/CDS. Este é o último fim de semana antes do dia das decisões e os partidos aproveitam o bom tempo para ações de proximidade.
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A primeira paragem da comitiva liderada por Deolinda Martin, candidata à Câmara Municipal da Amadora, a eurodeputada Marisa Matias, e Cândida Pereira, candidata à freguesia da Mina de Água, é o Mercado da Mina. Há muitos anos que o espaço precisa de obras e retirar, por exemplo, o telhado de amianto.
A promessa é adiada há vários anos pela câmara municipal e Ricardo Campos, comerciante de frutas e legumes há uma década, não deixa escapar a oportunidade, perguntando diretamente à candidata do BE quais os planos para o mercado.
Deolinda Martin faz questão de sublinhar que a requalificação do espaço é uma das prioridades do partido e apresenta o plano: "conservar este núcleo tradicional e modernizá-lo com outras vertentes, à semelhança de outros mercados, como o de Cascais e o de Campo de Ourique. Mas depois vemos também convosco, porque acho que quem trabalha aqui, tem aqui as suas bancas, também deve ser ouvido na solução final".
Mais à frente, mais queixas, desta vez com a ironia de João Lourenço, há quase 40 anos nestas andanças. Quando questionado pela candidata do BE como vão as coisas, responde prontamente e com um sorriso que "está bom, maravilhoso, muita freguesia, vende-se tudo, está quase tudo vendido... daqui a bocado está é tudo fechadinho. Mas vão aparecendo vocês, vá lá, isto vai animando um bocadinho".
Rumo à zona da peixaria, Deolinda Martin diz que espera contrariar a abstenção, alta no concelho e conseguir um lugar para poder mudar a Amadora que atualmente é demasiado "cidade dormitório" e tem "pouca gente na rua" porque "a cidade em si não tem outras respostas multidisciplinares e multiculturais que atraiam as pessoas para outros tipos de vivências".
Ao seu lado, Marisa Matias ouve com atenção. A eurodeputada veio apoiar a candidatura bloquista na Amadora, mas numa leitura nacional diz que tem a esperança de ver o Bloco de Esquerda mais forte nestas eleições.
"Há uma diferença enorme em relação a outras campanhas autárquicas naquilo que é recetividade das pessoas às candidaturas do Bloco. Não sei se isso se traduzirá diretamente em mais votos ou não, espero que sim, mas não pelos lugares. Nós fazemos política na mesma a nível local sem os lugares, mas se pudéssemos ter representação podíamos tornar efetivas as medidas que entendemos que são necessárias".