Ministério Público pediu ao primeiro-ministro mais documentos sobre a Spinumviva
O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, reconhece atrasos na análise do processo
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O Ministério Público pediu ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, documentação adicional no âmbito do caso Spinumviva. Numa entrevista ao jornal Nascer do Sol, o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, adianta que se tratam de esclarecimentos pedidos para que se conclua a averiguação preventiva do processo.
"Torna-se necessário solicitar mais documentação para ultimar a apreciação da averiguação preventiva", esclarece Amadeu Guerra, reconhecendo um atraso neste processo.
"Tenho solicitado para sermos rápidos na análise da documentação em falta, no entanto, constata-se que a documentação solicitada é bastante", sublinha.
Depois de terminada a averiguação preventiva, o processo Spinumviva pode ser arquivado ou pode ser instaurado um processo e seguir para tribunal. Esta averiguação foi aberta em março. Em causa estão três queixas anónimas relacionadas com a empresa familiar do primeiro-ministro.
A polémica com a empresa Spinumviva surgiu com notícias do Correio da Manhã que indicavam que a empresa familiar do primeiro-ministro se dedicava, entre outras atividades, à compra e venda de imóveis.
Na sequência das notícias desse ramo de atividade da Spinumviva abriu-se a discussão sobre a eventual atividade profissional do primeiro-ministro em paralelo ao exercício de funções governativas e sobre a identidade dos clientes da empresa e possíveis conflitos de interesse.
