Ministra "tem tudo para dar respostas" ao SNS, mas Ordem dos Médicos quer saber papel da direção executiva
Em declarações à TSF, Carlos Cortes considera que o papel da organização liderada por Fernando Araújo vai ter é decisiva para o sucesso de Ana Paula Martins.
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O bastonário da Ordem dos Médicos considera que Ana Paula Martins "tem tudo para poder dar as respostas que o Serviço Nacional de Saúde necessita", mas acredita que o sucesso da nova ministra da Saúde depende do papel que vai dar à direção executiva liderada por Fernando Araújo.
"Nós tínhamos aqui uma liderança bicéfala do Ministério da Saúde em que o ministro da Saúde tinha aqui algumas competências na área e o diretor executivo, neste caso em concreto, o doutor Fernando Araújo, tinha outras competências na área do Serviço Nacional de Saúde. Competências muito importantes. Portanto, estamos na expectativa, tendo em conta que uma das propostas é rever a reorganização da estrutura da direção executiva do SNS. Saber que responsabilidades vão recair sobre a ministra da Saúde, que outras competências vão ter o seu secretário de Estado, que ainda não conhecemos, e, sobretudo, qual vai ser o papel da direção executiva do SNS", disse Carlos Cortes à TSF.
Para o bastonário, a nova ministra da Saúde "tem tudo para poder dar as respostas que o Serviço Nacional de Saúde necessita e que a saúde na sua globalidade também necessita" e acredita que a futura governante tem as características certas.
"Ana Paula Martins tem aqui outra característica que é muito importante, e que provavelmente vai ser também decisiva para os movimentos que aí vem, é uma pessoa do diálogo, é uma pessoa de ouvir, é uma pessoa que consegue juntar os vários agentes, os vários intervenientes na saúde e isso é uma característica muito importante num momento em que a globalidade dos profissionais de saúde a tem visto algum afastamento da tutela em relação àquelas que são as suas preocupações em relação a terem boas condições de trabalho para poder exercer a sua profissão, em relação também a justas reivindicações, por exemplo, no domínio das remunerações", afirma.
