O ministro da Defesa anunciou que a inspeção terá "um cuidado específico" com discriminações. O Exército confirma que a inspeção deve começar na próxima semana.
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Na comissão parlamentar de Defesa, o ministro Azeredo Lopes, disse que, "no âmbito da inspeção que já estava planeada para o mês de maio, o Exército vai ter essa abordagem".
O ministro da Defesa referia-se a "um cuidado específico" sobre as questões da proteção dos alunos que sejam alvo de discriminação.
É uma inspeção que para Azeredo Lopes "é uma coisa normal, saudável, não dramática e é isso que me cabe registar", disse o ministro.
Contactado pela TSF, o porta-voz do Exército informou que a inspeção "está em fase de preparação e deverá começar no início de maio".
A audição foi marcada a requerimento do BE e do PSD, na sequência da demissão do ex-Chefe do Estado Maior do Exército (CEME), Carlos Jerónimo, e da polémica em torno de declarações do subdiretor do Colégio Militar publicadas no jornal Observador no dia 1 de abril admitindo que os alunos homossexuais são "excluídos" entre pares.
No Parlamento, o PSD questionou o ministro sobre o facto de "em vez de um esclarecimento, o processo ter terminado com a demissão do ex- CEME". A deputada social-democrata Teresa Morais considerou que subsiste uma questão"nebulosa" sobre a demissão de Carlos Jerónimo." O que é que aconteceu para uma pessoa de caráter se ter demitido?", suspeitando o PSD que a questão do Colégio Militar tenha sido "apenas a gota de água que fez transbordar o copo".
Azeredo Lopes preferiu não comentar declarações imputadas a próximos de Carlos Jerónimo, reiterando o "apreço pessoal e profissional" para com o antigo CEME,
O ministro aproveitou ainda para dizer que "não podia dizer outra coisa senão agir na afirmação do princípio da não descriminação porque responderia, se nada fizesse para o afirmar".