A Associação Nacional de Sargentos já esperava a demissão de Azeredo Lopes, numa altura em que as Forças Armadas estavam sob muita atenção do país.
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Mário Ramos, da Associação Nacional de Sargentos, acredita que a demissão já era espectável, tendo em conta o clima que se vivia nas últimas semanas.
"Não podemos enquadrar a demissão do ministro como uma boa ou má notícia para as Forças Armadas. Agora, que ela andava a ser antecipada há algum tempo, assim o pensávamos. Não era possível continuar a manter este ritmo frenético destas últimas semanas, de todos os dias haver notícias sobre as Forças Armadas, sobre os militares, a descredibilizar aquele que devia ser um dos pilares da nação", explicou em declarações à TSF, recordando até as palavras de Marcelo "que tem referido que não é possível continuar com este tipo de discursos".
Na opinião do presidente da ANS, "o ministro estava completamente fragilizado em todo este processo [de Tancos]", algo que levava a antecipar "há algum tempo" uma saída do executivo.
Por um lado, António Ramos crê que a "demissão "cumpre parte do objetivo" de proteger as Forças Armadas, mas "o restante só é cumprido quando os cidadãos portugueses tiverem acesso a toda a verdade que resulta da investigação do que está em causa".
É preciso apurar responsabilidades "até ao limite", sublinhou, frisando que só nessa altura é que as Forças Armadas estarão "perante a opinião pública livres de qualquer suspeição".