Montenegro acusa Chega de desinformação. Pedro Sánchez na campanha do PS e Costa não foi esquecido
As comitivas dos partidos com representação parlamentar prosseguem a campanha de norte a sul do país, com ações para assinalar o Dia da Europa. Acompanhe tudo na TSF
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Pedro Nuno Santos acusa Luís Montenegro de mentir para desviar atenções. O líder socialista lembra que, em 2019, os motoristas de matérias perigosas não estavam a cumprir os serviços mínimos na greve que quase paralisou o país e foi essa a razão para admitir, na altura, mexer na lei da greve. O secretário-geral do PS, no início de uma arruada em Trancoso, distrito da Guarda, lamenta que o atual primeiro-ministro misture "alhos com bugalhos".
"O ainda primeiro-ministro não é sério, faz mesmo da mentira um estilo de vida e compara alhos com bugalhos. Estamos a falar de uma greve que parou o país, uma greve que impediu o abastecimento de infraestruturas críticas e em que os serviços mínimos não estavam a ser cumpridos. Portanto, estamos a falar de situações completamente diferentes", explica o socialista, recordando que, "no ano passado, houve um acordo entre o Governo, a CP e os trabalhadores que pressupunha atualizações salariais ao longo de 2025, que não estão a acontecer".
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O porta-voz do Livre desafiou hoje o líder do Chega, André Ventura, a respeitar as pessoas que vivem em Portugal, em particular a comunidade cigana, e garantiu que vai “orgulhosamente” combater o “anticiganismo”.
“Mas, eles [Chega] já experimentaram, são tão patriotas, a começar a gostar do país, gostar das pessoas que vivem no país e respeitar as pessoas que vivem no país, é uma ideia, fica a nota para o `drink´ [bebida]. E já agora, em particular, respeitar quem vive neste país há muitos séculos e, sim, estou a falar da comunidade cigana”, afirmou Rui Tavares durante um comício realizado na Academia Almadense, em Almada, no distrito de Setúbal.
Num discurso de meia hora, e perante uma sala cheia, o dirigente do Livre assumiu que não há nada que respeite menos do que alguém que escolhe a comunidade mais estigmatizada para ainda a rebaixar mais e a atacar mais.
Enquanto se ouviam aplausos entre a audiência e gritos de “liberdade, liberdade, liberdade”, Rui Tavares garantiu que o Livre vai combater o “anticiganismo” deste país mesmo que isso não esteja na moda, mesmo que alguns queiram tornar o “anticiganismo” normal.
“Sim, o Livre é orgulhosamente pela inclusão de todos e porque sim o país é plural”, atirou.
Em sua opinião, "não há nada tão feio num ser humano como alguém que escolhe chutar quem está por baixo, nem há nada também tão belo como alguém que escolhe puxar para cima".
E questionou: “Já experimentou esse líder da extrema-direita alguma vez dar a mão e puxar para cima? Já experimentou pensar naqueles ciganos e ciganas que são deste país e são deste país há séculos e que, durante séculos, foram obrigados a não ficar mais do que dois ou três dias em cada cidade?”.
Foi por esse motivo que os ciganos foram excluídos e escorraçados mesmo quando participaram na defesa da independência deste país, tal como aconteceu em 1640, salientou.
Rui Tavares considerou que deve ser muito cansativo ser da extrema-direita e andar o tempo todo com tanto o ódio e com tanto preconceito.
“Eu percebo porque é que André Ventura não vai a lado nenhum sem motorista porque deveria ser um suplício para ele apanhar o cacilheiro e vir até ao outro lado do rio o tempo todo a olhar e dizer aquela é imigrante, aquela é de cor, aquela é LGBT e aquela tem uma tatuagem”, frisou.
O líder da IL pediu hoje aos “portugueses zangados” que, nas próximas legislativas, não escolham uma “opção que não leva a nenhuma solução”, numa alusão ao Chega, e votem antes no seu partido.
Num discurso durante um jantar comício em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, Rui Rocha começou por associar o Chega à esquerda, antes de deixar um apelo aos mais de um milhão de eleitores que, nas últimas legislativas, votaram no partido de André Ventura.
“Eu sei que há muitos portugueses zangados, mas há uma opção que os portugueses que estão zangados com as lideranças políticas que tiveram responsabilidades nos últimos anos, há uma escolha que têm de fazer: têm a possibilidade de continuar zangados, de fazer opções que não levam a nenhuma solução, e têm a opção de dar à IL força na próxima eleição”, afirmou.
Rui Rocha caracterizou a IL como “a força da mudança, a força do reformismo”, que garantirá que os portugueses “fiquem no futuro menos zangados”.
“Porque, se tudo continuar na mesma, com a AD, com a esquerda que teve no poder, então a zanga vai aumentar. Mas, se nós mudarmos, se nós formos capazes de ter coragem de dizer que a IL tem essa capacidade, essas pessoas, essa visão e essa coragem, o país vai mesmo mudar, vai mesmo para a frente, e vai haver menos portugueses zangados no futuro”, previu.
O presidente do Chega voltou esta sexta-feira a criticar a escolha de Hernâni Dias para cabeça de lista da coligação PSD/CDS por Bragança e acusou o primeiro-ministro de não querer “combater a corrupção, o conluio e os negócios obscuros”.
O líder do PSD acusou esta sexta-feira deputados e dirigentes do Chega de espalharem desinformação a propósito de um “pequenino episódio” no debate com todos os partidos na RTP, alertando para o que poderiam fazer com questões de Estado.
Pedro Nuno Santos volta a atacar a uma possível coligação entre a AD e a Iniciativa Liberal, e carateriza o PS como “o porto seguro dos portugueses”. No dia da Europa, Pedro Nuno Santos recebeu o apoio do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, e António Costa também não foi esquecido.
O líder da IL afirmou esta sexta-feira que o seu partido está disponível contribuir para uma “solução de centro-direita reformista e estável”, mas advertiu que será “exigente e rigoroso” para garantir que não servirá para fazer “mais do mesmo”.
“O nosso compromisso com os portugueses é, primeiro, mudança, reformas, exigência e, segundo, contribuir para uma solução de centro-direita, reformista e estável do ponto de vista político”, afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas numa loja de ovos moles, em Aveiro, onde vestiu o avental e cozinhou o tradicional doce aveirense.
O antigo secretário-geral da CGTP Arménio Carlos afirmou esta sexta-feira que, no contexto da greve da CP, “os cordeirinhos” começam a mostrar a sua verdadeira pele, acusando o ministro Miguel Pinto Luz de ser “um catavento”.
O antigo líder daquela central sindical, que esta sexta-feira se juntou na Amadora ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, na campanha da CDU, abordou a discussão dos últimos dias sobre a greve da CP e as declarações do Governo, que admite a possibilidade de se alterar a lei da greve.
A coordenadora do BE defendeu esta sexta-feira a necessidade de alargar a tarifa social da água e propôs a existência de um mínimo garantido de eletricidade para quem tem rendimentos mais baixos, numa visita ao bairro de Aldoar, no Porto.
"A Tarifa Social da Água pode ser alargada, assim como os consumos de eletricidade. Devia haver um básico que todas as pessoas tenham de acesso à eletricidade, para que ninguém tenha que viver sem luz ou a morrer de frio no inverno", advogou Mariana Mortágua, que falava aos jornalistas à margem de uma ação de campanha para as legislativas antecipadas de dia 18, num bairro onde muitos moradores não têm acesso a água ou eletricidade.
O presidente do PSD desvalorizou esta sexta-feira a decisão desfavorável do tribunal à providência cautelar que apresentou contra cartazes do Chega que o associavam a José Sócrates, alegando que o tempo fez com que se perdesse efeito útil.
Na sua decisão, o tribunal indeferiu a providência cautelar dos sociais-democratas para a retirada desses cartazes do Chega invocando a prevalência do direito à liberdade de expressão.
Pedro Nuno Santos deixa o alerta: um Governo entre a AD e a Iniciativa Liberal seria “radical” e “colocaria em causa o estado social". Na Guarda, o secretário-geral socialistas voltou a defender que o PS é o único partido que pode dar estabilidade ao país.
Para o frio da cidade mais alta do país, Pedro Nuno Santos vestiu um capote serrano. A indumentária mudou, mas o foco continua em garantir estabilidade ao país. E, para manter a tradição, a caravana socialista passou pela Tasquinha para beber uma ginjinha.
Bom dia! Abrimos este liveblog para continuar a acompanhar a campanha eleitoral para as legislativas. Recorde aqui tudo o que aconteceu no dia de ontem.
A coordenadora nacional do BE deu na quinta-feira uma "aula" em Coimbra para explicar a influência política e económica de gigantes tecnológicos como o Google e o Facebook, realçando a necessidade de Portugal ter uma rede de soberania digital.
"Há uma coisa que nós podemos fazer já, que é taxar o Elon Musk. Nós podemos. Portugal pode taxar o Elon Musk, pode taxar o dono da Google, ou o Mark Zuckerberg [dono da Meta]", realçou Mariana Mortágua, numa ação de campanha que decorreu no Teatro da Cerca de São Bernardo, distrito de Coimbra.
Num formato diferente do habitual numa campanha eleitoral, Mariana Mortágua falou durante cerca de uma hora para uma plateia sobre o peso económico mas também político de gigantes tecnológicas como a Google, Amazon ou a Meta (que detém redes como o Facebook, ou o Instagram).
O secretário-geral do PCP afirmou esta quinta-feira em Faro que as pessoas estão cansadas e “justamente desacreditadas”, sendo empurradas para as saídas fáceis, apelando a que recusem a mentira e ilusões.
“As pessoas estão cansadas de promessas que se repetem eleição após eleição”, quando “a vida de cada um está cada vez mais apertada e a vida de cada um anda cada vez mais para trás”, disse Paulo Raimundo, que discursava num comício da CDU em Faro.
O presidente do Chega, André Ventura, afirmou na quinta-feira que o seu partido "nunca será muleta de ninguém" e acusou BE e IL de prometerem rejuvenescimento, mas terem ido buscar os seus candidatos "ao mesmo baú de sempre".
"Este partido que é o Chega nunca será muleta de ninguém. Nunca venderemos a nossa identidade e as nossas causas para agradar ao PS, ao PSD ou outro qualquer. É por isso que esta fibra é tão forte e inquebrável", afirmou.
Num jantar-comício em Guimarães, no distrito de Braga, o líder do Chega disse que o Chega "não quebra, não cede" e não tem medo.
O líder socialista acusou esta quinta-feira o Governo de chegar sempre atrasado na resposta às crises, alertando para os riscos de a AD rever o direito à greve ou a legislação laboral e privatizar a saúde e a Segurança Social.
“Quem não consegue lidar com um apagão, quem não consegue lidar com uma greve no INEM ou com uma greve na CP, não consegue lidar com a governação, com crises e com a incerteza”, acusou Pedro Nuno Santos num comício em Castelo Branco, que encheu o Cine-Teatro Avenida.
Perante uma adversidade e “um falhanço do seu Governo e da tutela da CP”, líder do PS considerou que no caso da paralisação dos comboios o que o primeiro-ministro fez foi “ameaçar, chantagear com a alteração da lei da greve”.
“Primeiro revê-se o direito à greve, a seguir revê-se a legislação laboral e a segurança no emprego, depois privatiza-se a saúde e por fim a Segurança Social. E se ainda tiverem a companhia da Iniciativa Liberal ainda é mais rápido”, avisou.
O líder do PSD acusou na quinta-feira o secretário-geral do PS de incoerência e leu declarações de Pedro Nuno Santos de 2019 em que o então ministro defendeu uma reflexão sobre a lei da greve e a organização sindical.
Num comício ao ar livre em Santarém, no final do quinto dia oficial de campanha da AD (coligação PSD/CDS-PP), Luís Montenegro voltou ao tema da greve da CP, dizendo que hoje foi alvo de “um corrupio de comentários” por ter admitido alterações à lei para equilibrar o direito à greve com outros.
“Eu até pensava que isto era relativamente consensual e que aqueles que comentaram a minha observação se lembravam do que diziam. Eu já dizia isto quando estava na oposição, foi talvez ingenuidade minha pensar que outros fariam o mesmo”, disse.
As comitivas dos partidos com representação parlamentar prosseguem hoje a campanha de norte a sul do país, com ações do Livre e PAN a contar com a co-presidente dos Verdes Europeus para assinalar o Dia da Europa.
Ao sexto dia da campanha para as eleições legislativas de 18 de maio, o presidente do PSD, Luís Montenegro, vai estar pela manhã em Porto de Mós, no distrito de Leiria, seguindo depois para um almoço com autarcas em Pombal, no mesmo distrito.
A comitiva da AD (PSD/CDS–PP) segue durante a tarde para Ovar, Aveiro, onde vai contactar com a população na Praia do Furadouro e visitar a obra de defesa da costa. O dia de Montenegro termina no Porto com um encontro com jovens na Associação Nacional de Jovens Empresários a propósito do Dia da Europa, que hoje se assinala.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, vai estar hoje nos distritos da Guarda e Vila Real. De manhã visita a feira de São Bartolomeu, em Trancoso, e segue para a capital do distrito para contactar a população da Guarda.
Pedro Nuno Santos contacta também durante a tarde com a população de Chaves e às 19h00 tem um comício em Vila Real.
A comitiva do Chega começa o dia com uma arruada em Viana do Castelo, seguida de visita ao mercado semanal, e termina com um jantar em Bragança.
No Porto vai estar, durante a manhã, a porta-voz do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, para uma visita ao Bairro do Aldoar. Ao fim da tarde junta-se em Guimarães à comitiva do BE o cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Braga, Francisco Louça, que com Mariana Mortágua vão protagonizar o momento a que chamaram “taxar os ricos”.
Pelo distrito de Aveiro vai andar a campanha da Iniciativa Liberal, que começa o dia com uma ação pelas ruas do centro de Aveiro, seguindo às 15h30 o partido liderado por Rui Rocha para Lourosa, onde visita uma pequena e média empresa do setor metalomecânico. À noite os liberais realizam um grande jantar comício em Santa Maria da Feira.
Ainda pelo norte do país vai andar durante a manhã o PAN com a porta-voz do partido a passar pelo Porto, Gondomar e Valongo. Já ao meio tarde, Inês de Sousa Real vai visitar em Lisboa o Espaço Júlia, um projeto social de apoio a vitima de violência doméstica, acompanhada pela co-presidente dos Verdes Europeus, Vula Tsetsi, no âmbito do Dia da Europa.
Mais a sul estará a comitiva da CDU (PCP/PEV), que hoje começa as ações de campanha às 15h00, com o secretário-geral a contactar os trabalhadores à porta da empresa de tecnologia Exide, na Castanheira, em Vila Franca de Xira, seguindo para Évora onde Paula Raimundo participa num desfile e num comício.
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, vai começar o dia com uma visita ao Politécnico de Setúbal e termina em Almada com um comício para assinalar o Dia da Europa e que contará com a presença da co-presidente dos Verdes Europeus.
