Montenegro admite alterar lei da greve, Pedro Nuno acusa primeiro-ministro de "autoritarismo"
As comitivas dos partidos políticos prosseguem a campanha de norte a sul do país, num dia em que os líderes vão passar por sete distritos, sem se cruzarem. Acompanhe tudo na TSF
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Pedro Nuno Santos critica a "incapacidade" do Governo de Luís Montenegro em travar a greve da CP e acusa o ainda primeiro-ministro de "autoritarismo", após afirmar que pode ser necessário alterar a lei para equilibrar o direito à greve com outros direitos.
Não tenho dúvidas de que revela autoritarismo e desrespeito pelos direitos dos trabalhadores.
"Luís Montenegro só se pode queixar da incapacidade do Governo para impedir que esta greve acontecesse", atira, considerando que "isso só se faz com diálogo e não pela força, ou alterando a lei".
Nem queria acreditar naquilo que ouvi. (...) Uma greve resolve-se com muito diálogo, como eu consegui resolver a greve dos motoristas de matérias perigosas. Isso exige diálogo, exige trabalho e não com ataques à democracia. O direito à greve é uma das maiores vitórias de Abril.
A arruada do Chega em Braga foi recebida por um protesto da comunidade cigana. Houve muitas trocas de insultas, com os manifestantes a acusar André Ventura de ser "racista e fascista".
Quando o presidente do Chega chegou, os ânimos exaltaram-se ainda mais. Além dos insultos, houve algumas cuspidelas atiradas para o ar que chegaram a atingir André Ventura.
Em declarações aos jornalistas, Ventura insiste que há uma mobilização da comunidade cigana para boicotar a campanha do partido e atira: "Manifestam-se porque nós queremos acabar com os rendimentos mínimos e colocar as pessoas que não estão a contribuir e receber subsídios a trabalhar. Se calhar a comunidade cigana sente-se de consciência pesada."
Bom dia! Abrimos este liveblog para continuar a acompanhar a campanha eleitoral para as legislativas de 18 de maio. Recorde aqui tudo o que aconteceu no dia de ontem.
O presidente do PSD considerou esta quinta-feira que existiram "influências políticas, partidárias e eleitorais" que não permitiram evitar a greve da CP e defendeu que pode ser necessário alterar a lei para equilibrar o direito à greve com outros direitos.
Em declarações aos jornalistas, durante uma iniciativa de campanha na Figueira da Foz, Coimbra, o também primeiro-ministro comentou a greve na CP, que já vai no segundo dia sem serviços mínimos, e considerou-a "absolutamente injusta", dizendo que o executivo "fez tudo para a evitar".
"A minha convicção e a convicção dos membros do Governo que intervieram nesse processo é de que, claramente, as influências políticas e partidárias e eleitorais acabaram por não evitar aquilo que era o desfecho normal de um processo de negociação", disse.
O presidente do PSD considerou esta quarta-feira que só a AD apresenta uma candidatura de esperança, segurança e estabilidade para os portugueses e criticou os seus adversários que só falam mal e aparecem “todos os dias zangados”.
Luís Montenegro falava no comício de Évora da AD – coligação PSD/CDS, que foi antecedido por uma ação de rua na zona histórica da cidade, num discurso em que, tal como aconteceu na segunda-feira, voltou a fazer uma alusão ao seu objetivo de continuar a exercer as funções de primeiro-ministro por duas legislaturas, oito anos.
Na rua de João de Deus, no primeiro comício ao ar livre desta campanha, o primeiro-ministro defendeu que só a AD apresenta um projeto de esperança e de segurança para os mais jovens, para os trabalhadores e para os pensionistas.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assegurou na quarta-feira que não está zangado com os portugueses, mas sim com “os resultados da incompetência do Governo”, questionando de que sucesso fala o primeiro-ministro.
Depois do comício do início da noite em Évora, a caravana do PS seguiu para Portalegre para outro comício noturno, ao ar livre, no qual Pedro Nuno Santos aproveitou para responder ao primeiro-ministro, que tinha criticado, precisamente em Évora, os seus adversários que só falam mal e aparecem “todos os dias zangados”.
“Luís Montenegro dizia aí num comício hoje que eu estou zangado com os sucessos do país. Fique já claro, eu não estou nem zangado com o país, muito menos com os sucessos dos portugueses. Mas estou zangado com os resultados da incompetência do Governo liderado por Luís Montenegro”, respondeu.
O secretário-geral do PCP discursou esta quarta-feira em Espinho, onde evitou “piadolas” por estar na terra de Montenegro, mas não resistiu a falar do “nheca-nheca” para criticar aqueles que recusam aumentar salários.
Num comício no Fórum de Arte e Cultura de Espinho, Paulo Raimundo começou por avisar que seria fácil “encontrar umas piadolas” sobre o concelho onde esteve sediada a empresa do primeiro-ministro, Luís Montenegro, a Spinumviva.
“Seria fácil fazer uns trocadilhos sobre Espinho. Só que o povo desta terra, os pescadores, os operários, aqueles que cá vivem e cá trabalham em Espinho não merecem trocadilhos, não merecem piadolas”, disse, vincando que a CDU não confunde a árvore com a floresta.
A coordenadora do BE questionou esta quarta-feira como é que vários governantes de PS e PSD insistem que a economia portuguesa "vai bem" se continua a pagar "salários de miséria".
"Se a economia vai bem, porque é que paga salários de miséria? Se as fortunas aumentaram 23% em 2024, se há cada vez mais milionários, porque é que os salários não aumentam? Porque é que não se reduz o tempo de trabalho? Porque é que não se respeita quem trabalha por turnos?", questionou Mariana Mortágua, num comício que decorre esta noite no Instituto Português da Juventude de Leiria.
A líder do BE começou a sua intervenção por lembrar declarações do antigo primeiro-ministro socialista António Costa, que em 2024 "celebrava o crescimento económico de Portugal acima da média europeia e um emprego em máximos", mas também afirmações do atual chefe do executivo social-democrata, Luís Montenegro, que disse que a economia portuguesa "está a passar um bom momento".
As comitivas dos partidos com representação parlamentar prosseguem esta quinta-feira a campanha de norte a sul do país, num dia em que os líderes vão passar por sete distritos, sem se cruzarem.
Ao quinto dia de campanha para as legislativas de 18 de maio e segundo dia do Conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco, o presidente do PSD vai estar em Fátima, numa ação de contacto com a população durante a tarde.
Antes disso, Luís Montenegro começa a manhã na Figueira da Foz, numa iniciativa dedicada à habitação, e segue depois para a baixa de Coimbra. O dia do líder social-democrata termina em Santarém, com um “comício em ambiente de festa ribatejana”, lê-se na agenda na AD (PSD/CDS-PP).
A comitiva do PS escolheu a zona centro e depois de estar com a população da Covilhã ao final da manhã, o líder, Pedro Nuno Santos, segue para um comício no Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco.
Mais a norte, André Ventura participa numa arreada em Braga durante a manhã e fica com a agenda livre até ao final da tarde. A partir das 19:30, estará num jantar do Chega em Guimarães.
É também pela região norte que vai andar a comitiva da IL, primeiro no Porto de Pesca da Póvoa de Varzim e, já da parte da tarde, Rui Rocha visita a Lactogal, em Modivas, Vila do Conde.
O presidente da IL é quem tem a agenda preenchida até mais tarde e a partir das 23:00 estará em Coimbra, numa ação de contacto com estudantes, onde horas antes estará a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, que participa numa sessão no Teatro da Cerca de São Bernardo sob o mote “Vencer a oligarquia”.
Pela CDU (PCP/PEV), o secretário-geral comunista participa num almoço nos Bombeiros Voluntários de Beja, com quem se vai encontrar durante a tarde, e segue depois para Faro, para um comício no Jardim Manuel Bívar a partir das 21:00.
Rui Tavares, do Livre, junta-se a uma conversa sobre cultura na Escola do Largo, em Lisboa, onde vão estar também o ministro da Cultura espanhol, Ernest Urtasun, e a co-presidente dos Verdes Europeus, Vula Tsetsi.
Não muito longe, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, dedica o quinto dia de campanha à linha de Cascais, com três iniciativas durante a manhã: uma visita ao centro de saúde de São João do Estoril, passagem pela Feira de Carcavelos e um encontro com a Associação SOS Quinta dos Ingleses.
