Montenegro aguarda ser indigitado para formar Governo com base na "maioria relativa" da AD
O líder da AD registou "com satisfação o sentido de responsabilidade" de Pedro Nuno Santos, relativamente à proposta feita pelo líder socialista relativamente a um eventual orçamento retificativo.
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O líder do PSD, Luís Montenegro, disse esta quarta-feira que está na expectativa de ser indigitado como primeiro-ministro pelo Presidente da República e afirma que apresentará um Governo com base na maioria relativa da Aliança Democrática.
"Transmiti ao Presidente da República a disponibilidade desta coligação em assumir a liderança do Governo e, em consequência disso, poder ser indigitado primeiro-ministro", disse Luís Montenegro à saída da audiência que durou mais de duas horas com Marcelo Rebelo de Sousa.
"Sabem também que estão em curso os trabalhos de apuramento dos resultados definitivos nos círculos da Europa e de fora da Europa e a nossa expectativa é que, finalizados esses trabalhos, essa indigitação possa ocorrer", refere.
E, apesar de não revelar grandes pormenores sobre o elenco que apresentará, o líder do PSD deixa pistas: "Há uma maioria de deputados da AD. É relativa, não absoluta, e é com base nessa maioria que nós, se for esse o entendimento do senhor Presidente da República, apresentaremos o nosso Governo."
Luís Montenegro voltará a Belém ainda hoje para uma nova audiência e ser formalmente indigitado pelo Presidente da República como o próximo primeiro-ministro de Portugal.
Relativamente a um possível orçamento retificativo, Luís Montenegro diz que isso só será abordado quando houver Governo, mas registou "com satisfação o sentido de responsabilidade" de Pedro Nuno Santos.
"Estamos focados nos problemas dos portugueses, na vida de cada cidadão que vive e trabalha em Portugal. Estamos absolutamente empenhados em, respeitando a vontade livre do povo português, expressa de forma livre e democrática e bastante participada, promover uma mudança de Governo, de primeiro-ministro e de políticas em Portugal", considera o presidente do PSD.
Luís Montenegro quer ter uma "economia forte" e com "um crescimento duradouro", com os olhos postos na resposta aos jovens e nos serviços públicos.