Montenegro ataca programa eleitoral do PS: "Pensam que é com alguns fogachos que transformam a vida do país"
O líder dos sociais-democratas afirmou ainda que, "há um ano, a saúde estava pior do que está agora"
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O líder do PSD, Luís Montenegro, defendeu este domingo que as grandes linhas do programa socialista não passam de breves "fogachos", que não vão "transformar a vida do país".
Num discurso em Leiria, após um almoço com jovens, em que Nuno Melo também participou, o líder dos sociais-democratas atirou ao PS.
"Acham, pensam que é com alguns fogachos, como tornar permanente a aplicação de uma taxa de IVA Zero nos produtos alimentares ou abrir um Certificado de Aforro de 500 euros para cada nascimento, que transformam a vida do país. Mas, honestamente, isto não muda nada", considerou.
Em vez disto, Luís Montenegro destacou as apostas da AD, nomeadamente no que diz respeito à valorização de 19 carreiras da função pública.
"Dizem alguns: 'Só o fizemos porque isso foi permitido pelo Governo anterior.' Eu acho que é preciso ter muito descaramento. Então, se o Governo anterior tinha isso tão disponível, por que é que não o fez? O Governo anterior era assim tão inábil. São os governantes do Governo anterior que assumem que o seu próprio Governo era assim tão inábil?", argumentou.
Sobre as críticas feitas pelo líder do PS quanto ao estado da Saúde em Portugal, em que Pedro Nuno Santos acusou o atual primeiro-ministro em gestão de não querer assumir a responsabilidade pela situação atual do SNS, Montenegro garantiu que o setor está melhor agora.
"Há um ano a saúde estava pior do que está agora. Não quer dizer que agora esteja bem, sabemos que há muitas coisas para fazer", reconheceu, afirmando que o Executivo está a trabalhar para melhorar as condições de trabalho destes profissionais.
Aponta ainda que "governa para todos", exemplificando com as medidas que executou para melhorar a vida dos jovens e dos idosos.
"Uma das críticas que nos fazem, nomeadamente o maior partido de oposição, é que nós só governamos para alguns, que não governamos para todos. E ainda dizem que prometemos governar para todos e depois só governamos para alguns", referiu.
O primeiro-ministro e recandidato à liderança do país frisou que o "cidadão comum" discorda dessa afirmação. "Até pode discordar do Governo em muitas matérias, mas há uma coisa que reconhece: o Governo não é sectário. O Governo não escolhe nenhum segmento nem de pensamento, nem etário, nem nenhuma região do país para discriminar", sublinhou.
"Nós governamos para todos", reforçou Luís Montenegro (Aliança Democrática PSD/CDS-PP).