Montenegro diz que Pinto Luz está "fortalecido pelo excelente trabalho". Relatório da IGF "não traz novidade"
O primeiro-ministro conta levar "todos os membros do Governo" até ao fim da legislatura
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considera que o relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre o processo de privatização da TAP em 2015 "não traz novidade nenhuma" e conta com Miguel Pinto Luz até ao fim da legislatura, dizendo que o ministro está "fortalecido pelo excelente trabalho que tem feito".
"Sobre esse assunto, aquilo que me ocorre é recordar as minhas palavras de domingo: nós estamos a governar o país com o intuito de cumprir toda a legislatura (...) com a expectativa de levar a bordo todos os membros do Governo, porque eles estão a fazer um grande trabalho. Em particular, o ministro das Infraestruturas e Habitação tem sido determinante na adoção de novas políticas no âmbito da mobilidade e da habitação que se vão refletir em mais qualidade de vida para os cidadãos", disse o primeiro-ministro à margem de uma sessão de esclarecimento em Lisboa sobre a moção de recandidatura à liderança do PSD.
Concretamente questionado sobre o relatório da IGF, Montenegro diz que não revela nada de novo: "Este relatório não traz nenhuma novidade face a outros relatórios. Foi enviado pelo Governo para a Assembleia da República e para o Ministério Público (...) O que não falta são relatórios sobre a TAP desde 2015 até 2024."
Quanto a Maria Luís Albuquerque, também visada no relatório da IGF, o primeiro-ministro diz que o Governo "está empenhado em ter na Comissão Europeia alguém que valorize as políticas ao nível europeu e o bem-estar dos europeus e que também possa ser uma representante de qualidade dos interesses de Portugal".
O primeiro-ministro afirma que já houve uma comissão de inquérito em que este assunto foi abordado e essas conclusões, bem como outros relatórios, foram entregues ao Ministério Público para serem avaliados judicialmente.
"A minha preocupação é poder oferecer a Portugal uma solução para a TAP que sirva os interesses dos portugueses, da economia portuguesa e dos contribuintes. Desse ponto de vista, estamos a trabalhar para oportunamente darmos uma solução ao país que seja de esperança para termos uma companhia aérea que cumpra o desígnio estratégico de nos ligar aos pontos mais relevantes com os quais temos relações."