Montenegro exige "estrito respeito" pelo direito internacional após ataque que danificou embaixada de Portugal em Kiev
Seis missões diplomáticas, entre elas a de Portugal, foram danificadas pelos ataques russos que atingiram esta sexta-feira de manhã um bairro nobre do centro de Kiev, afirmaram diplomatas ucranianos
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, exigiu esta sexta-feira o "estrito respeito" pelo direito internacional, agradecendo a solidariedade europeia depois do ataque russo a Kiev, Ucrânia, que teve "um impacto intolerável" sobre as instalações diplomáticas portuguesas.
"Diante de mais um horrível ataque da Rússia sobre Kiev, agora com um impacto intolerável sobre instalações diplomáticas portuguesas, agradeço a solidariedade europeia da Presidente da Comissão [Ursula von der Leyen] e da Alta Representante [Kaja Kallas]", afirmou Luís Montenegro.
Portugal "exige o estrito respeito pelo direito internacional", acrescentou o primeiro-ministro, numa publicação na rede social X.
Seis missões diplomáticas, entre elas a de Portugal, foram danificadas pelos ataques russos que atingiram esta sexta-feira de manhã um bairro nobre do centro de Kiev, afirmaram diplomatas ucranianos.
Além da de Portugal, foram atingidas as missões diplomáticas da Albânia, Argentina, Autoridade Palestiniana, Macedónia do Norte e do Montenegro, divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano numa mensagem.
A maioria destas missões está localizada no mesmo edifício.
Portugal, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a alta-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, condenaram já os bombardeamentos russos.
O Executivo português condenou de maneira "veemente os ataques desta madrugada", que "causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da embaixada de Portugal", dá conta um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Palácio das Necessidades acrescentou que um representante da Federação Russa "foi já chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que seja apresentado um protesto formal junto" de Moscovo.
O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, indicou que não há registo de feridos na equipa da embaixada portuguesa em Kiev.
