Montenegro não percebe afastamento de Santana do PSD. Mas não vai tentar demovê-lo

Ana António/TSF
O que levou Pedro Santana Lopes a dar como acabada a sua intervenção no PSD? Luís Montenegro ainda espera vir a saber.
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Luís Montenegro diz que respeita a decisão de Pedro Santana Lopes, apesar de ainda "não ter percebido o seu alcance".
Em entrevista à Visão na semana passada, o antigo primeiro-ministro assegurou que a sua intervenção política no PSD "acabou" , mas não esclareceu se se irá desfiliar deste partido ou se pretende fundar uma nova formação política.
"Ainda tenho alguma expectativa de compreender melhor os motivos e os fundamentos desta posição", disse no programa da TSF "Almoços Grátis".
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"Ninguém pede a ninguém para entrar num partido e ninguém pede a ninguém para sair", defende, lembrando que Saantana teve cerca de 46% dos votos quando se candidatou pela última vez à liderança do partido, contra Rui Rio, em janeiro deste ano.
Santana Lopes garantiu que a decisão de romper com o PSD "nada tem a ver com Rui Rio", no entanto, aponta uma aproximação "incontestável" do PSD ao PS e diz temer que se esteja perante um cenário político de "hegemonia do PS" e "balanceado à esquerda", com consequências negativas em matérias fraturantes, como a eutanásia.
Sobre este caso, Carlos César condena as divergências internas no PSD, considerando que não vê "uma diferenciação do ponto de vista ideológico" entre sociais-democratas.
"Uma coisa é certa: Não se o pode dizer que o PSD é hoje um partido que respire saúde. É bom que não pegue ao país", ironiza.
Com Anselmo Crespo e Nuno Domingues