Montenegro promete descida de impostos e chama privados para resolver crise na saúde e educação
A AD esteve reunida com 25 economistas: figuras como Manuela Ferreira Leite, Maria Luís Albuquerque ou António Nogueira Leite.
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O foco de Luís Montenegro está em virar a página da governação socialista, que “deixa um país com impostos máximos e serviços mínimos”, e promete, desde já, a redução dos impostos (IRS e IRC) e quer o apoio dos privados numa altura em que a educação e a saúde vivem tempos conturbados.
Os protagonistas da Aliança Democrática (AD) estiveram reunidos com 25 economistas, numa reunião que durou mais de três horas, e contou com figuras como Manuela Ferreira Leite, Maria Luís Albuquerque ou António Nogueira Leite.
Para a redução de impostos, Luís Montenegro recupera uma proposta antiga: a descida do IRS para a classe média e para os jovens que vão pagar, se o PSD chegar ao poder, um terço até aos 35 anos.
“Terão até aos 35 anos um horizonte de 15 ou dez anos, consoante as circunstâncias, em que vão pagar um terço do imposto sobre o rendimento do trabalho”, explicou.
Redução do IRC para 15% até 2028
E, para as empresas, Montenegro compromete-se a “retomar o compromisso quebrado pelo PS” de descer o IRC. O objetivo da AD é reduzir o IRC de 21% para 15% até 2028.
“Dois por cento ao ano nos próximos três anos. Portanto, estamos a falar de uma diminuição significativa dos 21% atuais, numa primeira fase, para 19%. No segundo ano para 17% e no terceiro ano para 15%”, detalhou.
PSD pede apoio aos privados
Na saúde, os governos liderados por António Costa terminaram com várias Parcerias Publica Privadas (PPP’s) que o PSD quer recuperar, porque “o Estado não pode permitir que as pessoas fiquem à porta da saúde”. Uma das áreas “fundamentais”, de acordo com Luís Montenegro.
E os privados também terão uma palavra a dizer na educação, já que os contratos de associação nas escolas também são para avançar, se o PSD conseguir formar Governo, para permitir o acesso à educação nas zonas onde a oferta das escolas públicas não é suficiente.
Para os próximos dias, Montenegro promete a apresentação do cenário macroeconómico, que vai orientar o programa eleitoral, mas deixa, desde já, uma certeza: “Não vou cortar em nada, vou gerir melhor”.
As contas certas, proclamadas por António Costa ao longo de oito anos, são para manter com Luís Montenegro como primeiro-ministro, que apresentará “propostas realistas” e que não colocam em causa “o equilíbrio das contas públicas”.