Líder da Aliança Democrática encerrou em Vila Real o primeiro dia de campanha eleitoral, comprometendo-se a combater o despovoamento do interior do país.
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Luís Montenegro prometeu em Vila Real, um dos distritos mais envelhecidos do país, que não vai cortar nas pensões e reformas. Numa região muito dependente da agricultura, o líder da Aliança Democrática (AD) garantiu que vai apoiar mais este setor e trabalhar para combater o despovoamento.
As promessas foram feitas no encerramento do primeiro dia de campanha, num comício muito concorrido no Teatro Municipal de Vila Real. O auditório com 500 lugares foi pequeno para tantos apoiantes, o que levou o presidente do PSD a pedir “desculpa por não caberem todos”. “Quando começámos éramos muitos, hoje somos milhares e amanhã seremos milhões”, realçou.
O cabeça de lista da AD por Vila Real, Amílcar Almeida, defendeu o “reforço” do investimento na “modernização do setor agrícola e agroindustrial”, com a inerente “valorização dos produtos regionais e a sustentabilidade dos seus produtores”.
O candidato a deputado que, até há poucas semanas, era o presidente da Câmara Municipal de Valpaços, realçou que “urge a construção de aproveitamentos hidroagrícolas, não só para a rega, mas também para fazer face aos incêndios que fustigam a região no verão”. Por isso, desafiou a Montenegro para ajudar a “vencer a batalha da viabilização da agricultura”.
O líder do PSD não tardou a afirmar que o setor é “estratégico” para o país, pelo que o objetivo é apostar no “setor rural e na agricultura portuguesa”. Porque garante ao país “mais autonomia alimentar” e, ao mesmo tempo, “potencia a atividade económica, o emprego e a fixação de pessoas”.
Montenegro acrescentou que contribui para “fomentar todas as outras atividades que vêm atrás dela e que criam riqueza” e que “só criando riqueza é que se consegue dar resposta aos problemas sociais e pagar melhores salários em Portugal”.
O candidato a primeiro-ministro discursava num dos distritos mais envelhecidos do país e não perdeu a oportunidade para assegurar que não vai, “de maneira nenhuma, cortar um cêntimo que seja na pensão e na reforma de quem quer que seja”. “Pelo contrário”, acentuou Luís Montenegro, “vão ser atualizadas as pensões todos os
anos, de acordo, no mínimo, com aquilo que está na lei, que é a taxa de inflação”.
Vincou ainda que o objetivo é “atualizar as pensões mais baixas”. E para quem só vive mesmo da pensão, será assegurado que “o valor de referência do complemento solidário para idosos vai, no fim da legislatura, ser de 820 euros”.
