Montenegro sente-se "farol do país", Aguiar-Branco entra na campanha. Pedro Nuno diz que PS está "em crescendo"
Política e futebol estão de braço dado neste fim de semana, mas a primazia vai para o jogo do título, com a AD e o PS a ajustarem os planos e a deixar o palco para o dérbi lisboeta. Acompanhe tudo na TSF
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O porta-voz do Livre Rui Tavares afirmou que um bloco central de PS e PSD seria indesejável e um problema para o país porque entregaria a oposição à extrema-direita.
"Neste momento, um bloco central seria um problema para o país no sentido em que entregaria a oposição à extrema-direita. E, portanto, eu vejo que é uma possibilidade que está na equação e estará certamente na equação de raciocínio do senhor Presidente da República quando ele diz, e bem, que não interessa quem é que fica em primeiro", disse Rui Tavares aos jornalistas, após uma visita à Feira de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.
Mas, o dirigente do Livre referiu que há outra possibilidade em cima da mesa, que é voltar a um parlamentarismo "mais responsável, mais original e mais genuíno", o que significa haver um governo que procura falar com o parlamento.
O líder do PSD afirmou este sábado que sente “a responsabilidade de ser o farol do país”, com a oposição sempre a olhar para trás, e apelou a que os portugueses que querem estabilidade “votem massivamente” na AD.
Luís Montenegro falava num comício no mercado de Vila Nova de Famalicão (Braga), depois de entrar em ombros e ser conduzido dessa forma até ao palco por membros das juventudes partidárias que acompanham a AD – Coligação PSD/CDS-PP.
“Aproveito este calor humano que sinto aqui em Famalicão, no Minho, para dizer que eu sinto vontade, convicção, força redobrada pelo que todos me têm transmitido e por verificar que estão todos os outros a olhar para nós: sinto a responsabilidade de ser o farol deste país e de trazer este país para a frente”, disse.
Montenegro defendeu que “a campanha da AD tem sido espetacular”, quer pelo apoio que tem recebido, quer pelas ideias que tem apresentado, considerando que os restantes partidos só as têm comentado.
O cabeça de lista do Chega por Viseu criticou este sábado os últimos governos liderados por PS e PSD pelas promessas que não cumpriram, considerando que ficaram “mumificadas”, e traçou como objetivo nestas legislativas aumentar a representação neste distrito.
João Tilly abriu este sábado o jantar-comício em Viseu, que contou com a presença do presidente do partido, André Ventura.
No seu discurso, o candidato afirmou que, “em Viseu, promessas eleitorais têm havido com fartura e para todos os gostos, mas têm sido sempre as mesmas, não tem havido sequer criatividade para alterarem algumas das promessas velhas, requentadas, algumas delas quase jurássicas”.
O porta-voz do Livre defendeu este sábado a criação de um círculo nacional de compensação para acabar com a injustiça entre eleitores do litoral e do interior, matéria que quer colocar em cima da mesa nas negociações de eventual Governo à esquerda.
"Basta desta injustiça de termos os portugueses a viver num país de dois sistemas, porque nós temos dois sistemas políticos. Não há outra maneira de dizer isto, nós temos multipartidarismo no litoral e, depois, temos bipartidarismo no interior", considerou Rui Tavares no final de uma reunião com a Youth Coop, uma cooperativa sem fins lucrativos que visa a capacitação e consciencialização de jovens a nível local e internacional, em Agualva, no distrito de Lisboa.
Rui Tavares revelou ainda que se o líder do PS, Pedro Nuno Santos, quiser ser primeiro-ministro, vai ter que discutir o círculo nacional de compensação com o Livre.
"Pedro Nuno Santos vai ter de discutir connosco o círculo nacional de compensação. Não é um dos sete elementos que, como vocês sabem, são condição sine qua non [indispensável] para começar a conversar, mas vai ser uma conversa e vai ser para partirmos pedra nesse assunto porque, evidentemente, nós sabemos que não é só preciso convencer o PS, mas também convencer o PSD", vincou.
Esta referência a Pedro Nuno Santos surge depois deste, em entrevista à Rádio Renascença (RR) na sexta-feira, ter afirmado não haver perspetiva nenhuma de fazer uma alteração constitucional no sistema eleitoral.
A coordenadora nacional do BE fez este sábado um apelo ao voto dos "invisíveis e esquecidos" da sociedade, num discurso no qual acusou a direita de "não saber o que é o trabalho" e apontou a mira à IL.
"A todos os invisíveis, que trabalham de sol a sol, queremos dizer a uma só voz: agora. Agora que estamos juntas, agora que sim nos ouvem, agora que sim nos veem, vamos acabar com a exploração, vamos mudar de vida com um voto no BE", apelou Mariana Mortágua, numa festa-comício organizada este sábado pelo partido na Associação de Moradores da Bouça, no distrito do Porto.
Ao sétimo dia de campanha para as legislativas, Mortágua apelou diretamente ao voto de quem trabalha, salientando que o trabalho "define-nos todos os dias", contudo, "não é tema de campanha".
A líder bloquista argumentou que "de cada local de trabalho vemos o mundo" de uma forma distinta e é "diferente ver a política a partir de um local de privilégio, fortuna, de herança, ou ver o país a partir do trabalho".
A direita não sabe o que é o trabalho difícil, o que é o trabalho que acorda cedo, o trabalho que se esforça para chegar ao fim do mês, porque não vê o trabalho, não vê trabalhadores, não sabe o que é o trabalho", acusou.
Mortágua voltou a criticar uma proposta da Iniciativa Liberal que visa reduzir o número de funcionários administrativos, argumentando que "o problema" é que esse partido "não faz ideia do que faz um trabalhador do Estado, porque não vê o trabalho".
O líder do Chega, André Ventura, disse este sábado que tem recebido ameaças de morte, mas indicou que não mudará “um milímetro” da campanha, e não vai apresentar queixa ou reforçar a sua segurança privada.
O sétimo dia da campanha do Chega para as eleições legislativas arrancou com uma visita ao Mercado Municipal de Vila Real, seguido de uma pequena arruada na cidade, ao final da manhã.
À semelhança do que aconteceu nos últimos dias, a comitiva do Chega deparou-se com um novo protesto de um homem da comunidade cigana que se colocou junto aos apoiantes do partido, gritando a um megafone, ainda antes de André Ventura chegar ao local.
Ao contrário do que aconteceu em Aveiro, Braga e Viana do Castelo, o presidente do Chega não respondeu diretamente ao manifestante. Em declarações aos jornalistas, à chegada ao mercado, disse que tem recebido “um número inqualificável de ameaças”.
O líder da IL considerou este sábado que a esquerda está a “falhar aos portugueses” por fazer “uma campanha do medo” e acusou Carlos César de prestar “um mau serviço à democracia” por considerar os partidos de direita iguais.
Em declarações aos jornalistas na praia de Santo Amaro de Oeiras, distrito de Lisboa, onde participou num jogo de voleibol, Rui Rocha reagiu às declarações do presidente do PS, Carlos César, que, na sexta-feira, considerou que os partidos de direita são “farinha do mesmo saco”.
“Eu creio que quem faz esse tipo de afirmações presta um mau serviço à democracia. O problema está em que hoje, ontem [sexta-feira], nos últimos dias, nós temos visto que a IL está no centro dos ataques, muito mais até que a AD que está no Governo”, afirmou.
O cabeça de lista da AD por Viana do Castelo, José Pedro Aguiar-Branco, considerou este sábado que a escolha nas eleições é entre Luís Montenegro ou Pedro Nuno Santos para primeiro-ministro e entre estabilidade ou aventura.
José Pedro Aguiar Branco falava aos jornalistas quase no final de uma ação de rua pelo centro histórico de Viana do Castelo, declarações em que procurou bipolarizar a questão das eleições do próximo dia 18.
O presidente da Assembleia da República começou por manifestar o desejo de que na última semana de campanha se discuta sobretudo propostas e ideias para o país - "e menos mal dos outros".
O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, disse este sábado que sente que o PS está em crescendo nesta campanha e que vai ganhar as legislativas porque as pessoas querem uma mudança de Governo segura e com estabilidade.
“Ao longo do percurso que temos feito nos últimos dias e aqui também em Santo Tirso, nós sentimos que nós estamos em crescendo e que nós vamos chegar ao dia 18 de Maio com uma grande vitória”, afirmou Pedro Nuno Santos no final de uma arruada naquele concelho do distrito de Porto, onde teve a receção mais calorosa desta campanha eleitoral, de onde saiu a conduzir a sua mota para um almoço em Famalicão.
O líder socialista garantiu que se “sente nas ruas que as pessoas acreditam que o PS vai vencer as eleições”.
O presidente do PSD pediu este sábado que todos lutem “até ao fim por uma maioria maior”, numa arruada animada em Viana do Castelo, em que brindou, comeu, andou às cavalitas, mas não dançou.
“Obrigado a todos, obrigado Viana. Vamos continuar até ao fim, a lutar por uma maioria maior, não deixar ninguém em casa, mobilizar toda a gente, até domingo. Viva Portugal!”, afirmou Luís Montenegro, de cima de um vaso – que quase se ia virando quando subia – e fazendo o V de vitória.
A tradicional arruada de Viana começou ao som de um vira minhoto, com Montenegro sempre acompanhado do cabeça de lista da AD - Coligação PSD/CDS-PP e presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a que se juntou mais à frente Paulo Morais, que será candidato pelo PSD nas próximas autárquicas à Câmara desta autarquia.
A coordenadora nacional do BE afirmou este sábado que o parlamento “já tem muitos representantes da elite” e apelou ao voto no partido, que disse querer representar a "impaciência" do país.
"A Assembleia da República já tem muitos representantes da elite" e "dos grandes poderes", nomeadamente "da banca, que lucra tanto", defendeu Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas, minutos antes do arranque da corrida “Taxa os Ricos", uma iniciativa do BE que decorreu esta manhã entre o Casino de Lisboa e o Parque Tejo, em Lisboa, e que juntou cerca de 200 pessoas.
A líder bloquista, que se vestiu a rigor, de equipamento desportivo, para esta corrida "simbólica" e foi recebida pelas 10h19 com aplausos dos participantes, aproveitou ainda para descansar os corredores: "Aqui cada um corre ao seu ritmo."
A porta-voz do PAN desvalorizou este sábado, numa ação de campanha em Benfica, algumas das recentes sondagens que apontam para uma ligeira subida do partido, salientando que ainda existem "muitos indecisos".
"Sabemos que há muitos indecisos, que as pessoas têm estado zangadas com os grandes partidos e frustradas porque não dão resposta às suas preocupações", disse Inês Sousa Real, vincando que "o PAN tem apelado precisamente a quem está zangado, independentemente de qual tenha sido o partido onde votaram no passado".
À margem de uma visita ao Mercado Municipal de Benfica, em Lisboa, Inês Sousa Real, após conversar com algumas pessoas, lembrou as preocupações dos vendedores com os preços que "dispararam".
O líder do PSD acusou esta sexta-feira deputados e dirigentes do Chega de espalharem desinformação a propósito de um “pequenino episódio” no debate com todos os partidos na RTP, alertando para o que poderiam fazer com questões de Estado.
Política e futebol estão de braço dado neste fim de semana, mas a primazia vai para o jogo do título, com a AD e o PS a ajustarem os planos e a deixar o palco para o dérbi lisboeta.
O plano da AD, desde início, já tinha previsto um dia leve a contar com o jogo que pode decidir o campeonato. Não é que Luís Montenegro esteja muito interessado, uma vez que o clube dele não é de Lisboa, mas o dérbi - ainda para mais decisivo - mexe com a mobilização de militantes. E também com o próprio espaço nos media.
Por isso mesmo, à hora do jogo, toda a caravana vai estar parada e, para os mais ferrenhos, vai dar para festejar. O dia começa com uma arruada em Viana do Castelo e termina com um comício, às 15h, no mercado de Vila Nova de Famalicão.
Do lado do PS, já se sabe que Pedro Nuno Santos não é o maior fã de futebol. E até vai ver o jogo no banco - tal como Luís Montenegro, é adepto do FC Porto.
O porta-voz do Livre alertou na sexta-feira o eleitorado de que ainda está tudo em jogo porque a esquerda e a direita estão “taco a taco” e é possível alcançar uma maioria de esquerda até dia 18 de maio.
“A única coisa que eu vos peço ao saírem daqui é que pensem que o jogo ainda não acabou”, afirmou Rui Tavares perante uma sala lotada na Academia Almadense, em Almada, no distrito de Setúbal, círculo eleitoral onde nas últimas eleições legislativas elegeu o primeiro deputado.
Num discurso de meia hora, pautado por muitas críticas à direita, o dirigente do Livre considerou que há muitos líderes políticos que pensam que as regras das eleições são as regras do campeonato nacional de futebol onde quem ganha é quem alcança o primeiro lugar.
O líder da IL pediu este sábado aos “portugueses zangados” que, nas próximas legislativas, não escolham uma “opção que não leva a nenhuma solução”, numa alusão ao Chega, e votem antes no seu partido.
Num discurso durante um jantar comício em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, Rui Rocha começou por associar o Chega à esquerda, antes de deixar um apelo aos mais de um milhão de eleitores que, nas últimas legislativas, votaram no partido de André Ventura.
“Eu sei que há muitos portugueses zangados, mas há uma opção que os portugueses que estão zangados com as lideranças políticas que tiveram responsabilidades nos últimos anos, há uma escolha que têm de fazer: têm a possibilidade de continuar zangados, de fazer opções que não levam a nenhuma solução, e têm a opção de dar à IL força na próxima eleição”, afirmou.
Pedro Nuno Santos volta a atacar a uma possível coligação entre a AD e a Iniciativa Liberal, e carateriza o PS como “o porto seguro dos portugueses”. No dia da Europa, Pedro Nuno Santos recebeu o apoio do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, e António Costa também não foi esquecido.
Bom dia! Abrimos este liveblog para acompanhar o sétimo dia de campanha eleitoral. Recorde aqui tudo o que aconteceu durante o dia de ontem.
