Mortágua diz que direita "quer atacar" Constituição e pede que os partidos se unam para "impedir revisão"
"A direita não demorou muito tempo a dizer ao que vem e temos visto vários protagonistas dos partidos da direita a lançarem as ideias do que para si seria uma nova Constituição", acusa a agora deputada única do BE
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A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, apontou o dedo à direita por causa da eventual revisão constitucional e pediu aos outros partidos que se unam para a impedir.
"A direita não demorou muito tempo a dizer ao que vem e temos visto vários protagonistas dos partidos da direita a lançarem as ideias do que para si seria uma nova Constituição", acusa a agora deputada única do BE após ter sido recebida pelo Presidente da República em Belém.
Mariana Mortágua diz que toda a democracia "existe porque está consagrada na Constituição" e que essa e a Constituição que "está em risco e a direita quer atacar".
Nesse sentido, o Bloco de Esquerda quer que os outros partidos se unam para "impedir esta revisão constitucional que ameaça a democracia".
Questionada sobre a palavra do PSD de querer falar com todos os partidos, Mariana Mortágua considera que isso "não dá nenhuma segurança", já que essa iniciativa vem da Iniciativa Liberal "que quer acabar com os serviços públicos" e do Chega "que quer acabar com liberdades individuais".
"Parece-me que temos todos razões para nos preocuparmos", acredita.
Sobre a vida interna do partido, Mariana Mortágua diz que está a ser feito um debate interno para saber o que correu mal "sem pressa".
Passando às próximas eleições, a líder do Bloco de Esquerda garante estar a negociar nomeadamente com Livre e PAN para coligações autárquicas e está aberto à possibilidade de uma convergência com o Partido Socialista para derrotar Carlos Moedas em Lisboa.