Na ciência, "as disputas são resolvidas não pela força, mas pelo diálogo esclarecido"
Utilizando o exemplo do "espírito científico" e da ciência, o presidente da República, na cerimónia dos 25 anos do Prémio Científico IBM, defendeu ainda a "cooperação e o respeito mútuo", por oposição à "autoridade". Investimento público teve "resultado muito positivo" na ciência em Portugal.
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Cavaco Silva considera que o impacto da ciência na sociedade é hoje cada vez mais visível em áreas como a saúde, a educação ou a produtividade, mas o presidente da República entende que é preciso ter em atenção outros exemplos que chegam do mundo científico.
"No espírito científico, as disputas são resolvidas não pela força mas pelo diálogo esclarecido. A ciência é edificada não por argumentos de autoridade, mas pela cooperação e pelo respeito mútuo", disse o chefe de Estado, sublinhando que estes são valores que deveriam ser cultivados de forma "mais intensa".
No dia em que recebe, em Belém, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, Cavaco Silva presidiu à cerimónia dos 25 anos do Prémio Científico IBM, na Fundação Champalimaud, em Lisboa.
No discurso, no encerramento da cerimónia, sobre ciência, o chefe de Estado deixou ainda algumas mensagens claras sobre o que entende serem os passos a seguir pelo país: "Uma sociedade mais democrática e mais aberta é, também, uma sociedade mais científica. Por sua vez, uma sociedade mais científica é uma sociedade mais livre e mais racional".
Com elogios ao desenvolvimento que tem sido levado a cabo em matéria de ciência e tecnologia, que diz terem sido "um caso de progresso", Cavaco Silva sublinhou ainda que esse "progresso", em muito se deve ao investimento público feito pelo país.
"A qualidade da nossa ciência e dos nossos cientistas, é , sem dúvida, um resultado muito positivo da aposta do investimento público em políticas científicas e tecnológicas", disse.