
O presidente da JP, Francisco Rodrigues, durante a apresentação de uma moção no 27.º Congresso Nacional do CDS-PP, em Lamego, 10 de março de 2018. PAULO NOVAIS/LUSA
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O que se espera daquele que foi considerado pela Forbes o jovem político português mais promissor da Europa?
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Francisco Rodrigues dos Santos não tem pressas. No futuro daquele que foi único político português a ser incluído na versão europeia da "30 under 30", uma lista com os trinta nomes que a Forbes considera serem líderes nas suas áreas, está acima de tudo o CDS. Uma liderança de cada vez.
"Para já a única candidatura que está no horizonte é ser recandidato a presidente da Juventude Popular", conta à TSF o centrista de 29 anos no 27.º Congresso do CDS, em Lamego.
"A longo prazo não excluo essa hipótese", disse, questionado sobre uma eventual candidatura à presidência do CDS. "No dia em que sentir esse apelo, se sentir, não pedirei autorização a ninguém para ser candidato à liderança do partido".
Até lá será um "militante ativo", garante, "sempre disponível para ajudar o partido", mas "à luz da lei do retorno", isto é, espero receber na medida da qualidade dos meus ofícios e do tributo que vou prestar aos valores que edificaram CDS."
Francisco Rodrigues dos Santos espera que a Juventude Popular (JP) volte a ter representação "no grande palco da democracia portuguesa", ou seja na Assembleia da República, "não para ser pedinte de algo", mas por "direto" conquistado.
Parte do que levou a Forbes a escolher o centrista de 29 anos como um dos 30 jovens mais brilhantes e influentes da Europa, na categoria Direito & Política, foi o facto de este ter conseguido elevar para vinte mil o número de filiados na Juventude Popular.
Sim, "a JP tem sido uma locomotiva em andamento, de norte a sul do país. Todos os dias dá vida ao CDS", considera o líder dos 'jotas' centristas. E sim, não é tarefa fácil, "os jovens estão um tanto ou quanto divorciados da sua missão cívica através da política".
Como motivar então as novas gerações a participar ativamente na vida política? Há que "traduzir ideias em respostas concretas para a vida dos jovens. Dar apoio ao primeiro emprego, à habitação, no combate à precariedade".
"Ir ao encontro do quotidiano e aos sonhos e aspirações de quem precisa ver nos políticos uma resposta aos seus temores", defende.
O que se espera daquele que foi inúmeras vezes neste congresso mencionado como o jovem político português mais promissor da Europa? "Que seja uma aragem de esperança, que restaure a confiança na política que dê um novo fôlego ao caminhar da história e que defenda até às últimas consequências aquilo em que acredita".
"A política precisa desta insurreição pacífica de gente boa, que se entregue com espírito de missão e que queira ser a mudança que quer ver no mundo", diz Francisco Rodrigues dos Santos, citando Gandhi.