Para Pedro Silva Pereira é "positivo" que não seja colocada em causa a "estabilidade governativa". Nuno Melo diz que, ao travar a rejeição do Programa de Estabilidade, a esquerda responsabiliza-se.
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Vários chumbos, duas leituras.
Travadas, no Parlamento, as resoluções de PCP, BE, PSD e CDS sobre o Programa de Estabilidade, Pedro Silva Pereira sublinha a "inexistência de qualquer coligação negativa no parlamento entre os partidos da esquerda e os partidos da direita que possa pôr em causa tanto Programa de Estabilidade, como a estabilidade governativa".
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Já sobre as críticas do BE e do PCP que, nas últimas semanas, subiram de tom, Silva Pereira considera que "ninguém se pode surpreender que, com o aproximar do fim da legislatura e das eleições, os sinais de divergência à esquerda ganhem nova visibilidade".
"Tem a ver com o natural pré-posicionamento eleitoral dos diferentes partidos", desvaloriza o eurodeputado do PS.
Pedro Silva Pereira regista ainda como positivo o alegado sinal de abertura manifestado pelo secretário-geral do PCP. Em entrevista ao jornal Expresso, e questionado sobre se a solução governativa atual será repetível, Jerónimo de Sousa disse que "pode aparecer uma coisa aproximada, mas igual será difícil", defendendo que "é difícil que a conjuntura se repita".
Já o centrista Nuno Melo, outra das vozes que participa na edição desta semana do programa Política Pura, considera que, ao unir os votos aos do PS, para chumbar a resolução do CDS, a única que defendia a rejeição do Programa de Estabilidade, a esquerda passa a ter uma marca no documento.
"Não é só uma marca do PS é uma marca da Catarina Martins e do Jerónimo de Sousa. Podem dizer que a culpa é só do implacável ministro das finanças que só evoca e mede o défice e não investe, mas depois de uns arrufos, mais ou menos encenados, lá volta sempre a favor de tudo e o PS segue o seu caminho", critica o eurodeputado do CDS.