"Não foi uma escolha minha, não seria o meu desejo." André Ventura apresenta-se como candidato às presidenciais
O presidente do Chega considera que o "líder da oposição" não deve ser candidato presidencial, mas não encontrou outro nome para a corrida a Belém, assumindo que preferia o nome de Pedro Passos Coelho, não tendo sido possível.
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O líder do Chega, André Ventura, apresentou-se esta terça-feira como candidato às eleições presidenciais do início do próximo ano, assumindo que procurou outra alternativa para representar o Chega na corrida a Belém, mas sem sucesso.
“Serei candidato às eleições presidenciais de 2026”, anunciou, numa declaração à imprensa, na sede do partido em Lisboa, afirmando que “o Chega tinha de ter voz” na próxima corrida a Belém.
André Ventura disse que teria preferido que o antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho "fosse candidato", mas, lamentou, "não foi possível".
Numa declaração na sede do Chega, sem direito a perguntas, André Ventura apresentou-se como um candidato “em nome do Chega, antissistema e que representa um corte com o domínio dos partidos” e considerou que o antigo almirante Henrique Gouveia e Melo, seu adversário, é um “representante do espaço socialista”.
“Na verdade, não há nenhuma duplicidade nem nenhuma luta entre candidatos antissistema. Há um candidato antissistema e há um candidato que acontece de ser militar e que vai representar o espaço do socialismo e do centro político em Portugal”, defendeu, referindo-se a Gouveia e Melo, que deixou a vida militar para se candidatar a Belém.
O candidato presidencial considerou que estas eleições “são uma forma de liderar também a oposição” porque vão concorrer contra candidatos que “trouxeram para a sua candidatura o pior que o sistema tem”.
“Estas eleições presidenciais não foram uma escolha minha, não são o meu desejo, nem seriam o meu desejo, mas elas são, neste momento, compreendam todos agora ou não, a melhor forma de liderar a oposição em Portugal. E garantir que essa oposição será liderada por quem verdadeiramente quer transformar o país e quem tudo arriscará para poder vencer o sistema e transformar o país”, salientou.
“Acabar de vez com o bipartidarismo e enterrá-lo, como fizemos no dia 18 de maio, será a garantia que tomámos a opção certa para estas eleições presidenciais. Se formos à segunda volta, e mesmo que vençamos estas eleições presidenciais, significou o levantar de um movimento político que nunca se viu no nosso país, capaz de derrotar em poucos meses PS e PSD e capaz de remetê-los à insignificância das suas candidaturas”, sustentou.
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