Não há “sintonia”. PS "tem de refletir" sobre que posição assumir na liderança da oposição
Para Paulo Pedroso, a reflexão tem de ser acompanhada por todas as forças da esquerda.
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O antigo ministro Paulo Pedroso considerou esta sexta-feira que não há “sintonia total” no PS sobre o posicionamento do partido perante um Governo da AD.
“O PS tem um grande desafio pela frente: saber se consegue liderar a oposição ou se recorre (...) a abstenções violentas”, começou por dizer Paulo Pedroso, em declarações à TSF, considerando que os socialistas “têm de refletir” sobre os resultados eleitorais de 10 de março.
Aliás, "essa reflexão tem de ser acompanhada por todas as forças da esquerda”, sublinhou.
Para o ex-ministro, o partido liderado por Pedro Nuno Santos “precisa de protagonistas com grande abertura a sociedade civil”, até porque, disse, “é visível que dentro do PS há unidade em torno do líder, mas não há sintonia total sobre com posicionar-se face a um Governo do PSD”.
Ouvido pela TSF, também o antigo deputado António Filipe destacou a importância dos partidos deixarem “claro a sua posição para o que aí vem”, referindo-se ao PCP que já admitiu apresentar uma moção de rejeição a um Governo da AD.
“Da parte do PCP não há qualquer ilusão relativamente ao que ai virá e é bom que isso fique claro desde início”, rematou.