"Não podemos atrasar mais o país." Rui Rocha diz que imigração é "necessária", mas "deve ser regulada"
Para o líder da Iniciativa Liberal, obras como o TGV ou o novo aeroporto "já deviam ter avançado" há vários anos
Corpo do artigo
O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, afirmou este sábado que a imigração é necessária para Portugal, nomeadamente para colmatar a falta de mão de obra, mas deve ser regulada, em defesa dos interesses quer dos imigrantes, quer do país.
Em Guimarães, distrito de Braga, à margem de um Fórum Distrital da IL, Rui Rocha acrescentou que lhe parece óbvio que vai ser necessária mais mão de obra para empreitadas como o novo aeroporto de Lisboa ou o TGV.
"O que nós temos defendido é que deve haver uma entrada sempre que há contrato de trabalho, que há visto do trabalho, e, portanto, que há uma ocupação para as pessoas em causa. Quando as pessoas têm uma ocupação, têm rendimento, isso permite que não fiquem nas mãos das redes de tráfico, clandestinidade e todas as situações de exploração", referiu.
O líder da IL reagia, assim, à notícia deste sábado do JN segundo a qual o Governo quer facilitar a entrada de imigrantes para concluir obras do Plano de Recuperação e Resiliência.
"Parece-me óbvio que vai ser necessário mais mão de obra do que aquela que existe hoje disponível em Portugal. Portanto, se as pessoas entrarem com contrato de trabalho, com visto de trabalho, se as entidades públicas tiverem a capacidade administrativa de enquadrar essas pessoas e se tiverem o seu rendimento, nós não podemos atrasar mais o país", acrescentou.
Para Rui Rocha, obras como o TGV ou o novo aeroporto "já deviam ter avançado" há vários anos é "bom para Portugal" que se concretizem.
No entanto, o líder liberal frisou que a imigração "deve ser regulada" e "gerida adequadamente", para garantia dos direitos das pessoas e para evitar "situações de clandestinidade que são depois difíceis de gerir para o país".
"Espero que isso seja resolvido, que as estruturas administrativas do Estado cumpram o seu papel e que as pessoas que entram tenham ocupação, com contrato de trabalho, com rendimentos, com vistos adequados e que estejam, portanto, legalmente em Portugal", rematou.
