"Não se fizeram investimentos." Montenegro acusa Governo socialista de má gestão de água no Algarve
O líder do PSD acusa ainda Pedro Nuno Santos de "querer aparecer aos olhos dos eleitores como um grande fazedor, quando o que teve nas mãos transformou-se num bom fazedor de asneiras”.
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O líder do PSD, Luís Montenegro, acusou esta quinta-feira o Governo socialista de ser “um bom fazedor de asneiras”, criticando as medidas apresentadas em Conselho de Ministros para reduzir os efeitos da seca no Algarve.
“Nos últimos oito anos não se fizeram investimentos, não se fizeram barragens, não se fizeram novas condutas, (...) não se deram passos no sentido de assegurar aquilo que são as necessidades e que eram conhecidas à partida”, disse Luís Montenegro em declarações aos jornalistas, à margem da visita ao mercado de Portimão esta quinta-feira.
“Agora, em cima do problema vêm castigar as pessoas, as famílias, as empresas com custos maiores e até com a possibilidade de haver uma diminuição no abastecimento”, acrescentou.
Esta quarta-feira foi aprovado em Conselho Ministros um conjunto de 42 medidas para combater a seca, tendo o executivo anunciado a criação de uma tarifa adicional aos utilizadores que excedam o teto máximo de consumo de água, que obriga a um corte de 15% no setor urbano e 25% na agricultura.
Para Luís Montenegro, “é caso para dizer que também na política da água, o PS vende muitos powerpoints, muitas ideias, mas depois não as realiza”.
“Chega a ser confrangedor ver o secretário-geral do PS [Pedro Nuno Santos] querer aparecer aos olhos dos eleitores como um grande fazedor, quando aquilo que teve nas mãos basicamente transformou-se num bom fazedor de asneiras”, atirou.
“Aquilo que não estava nas mãos dele, que estava nas mãos dos seus colegas de Governo, ficou engavetado do ponto de vista do investimento em prejuízo das pessoas”, concluiu.