"Não vou demitir-me." Miguel Albuquerque garante "ficar no governo" mesmo se for arguido
O presidente do Governo Regional da Madeira reagiu às suspeitas de corrupção na Madeira.
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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, garantiu estar a "colaborar com a PJ" e "ficar no Governo" mesmo que seja constituído arguido.
"Não vou demitir-me porque vou colaborar no esclarecimento da verdade. Eu tenho o direito, como qualquer cidadão, de não ser suspeito eternamente. A constituição do arguido é um estatuto que é conferido pela lei para as pessoas se poderem defender e apresentar contra-argumentos. Podemos ser inquiridos e, para ser inquiridos, precisamos de ter o estatuto do arguido para poder prestar esclarecimentos necessários àquilo que está no inquérito", afirmou Miguel Albuquerque.
Sobre a detenção do autarca do Funchal, Pedro Calado, o presidente do Governo Regional da Madeira diz não ter qualquer informação.
"Detido é uma palavra que pode ter várias interpretações. Pode ser detido para ser ouvido. Vamos acabar o inquérito, está sendo processado", defendeu o responsável do governo da Madeira.
Para Miguel Albuquerque não houve "corrupção nenhuma" e lembra que nunca esteve envolvido em nenhum caso de corrupção nem vai estar.
"A mim ninguém me compra. Nunca roubei nada a ninguém, nunca pedi dinheiro a ninguém nem nunca ninguém me comprou. O meu governo continua a governar, que é o que interessa", sublinhou.
O presidente do Governo Regional da Madeira afastou também o líder do PSD, Luís Montenegro, da polémica, garantindo que o social-democrata nada tem a ver com a investigação.
"Sou presidente de um governo, não sou presidente do PSD. Nunca me escondi de nada, vim aqui falar convosco e dizer qual é o ponto da situação. A situação pode, obviamente, ser aproveitada para as eleições legislativas, não vamos ser ingénuos. Pode servir como arma de arremesso, mas tenho confiança em mim próprio, na minha equipa e tenho confiança nos madeirenses e porto-santenses", acrescentou Miguel Albuquerque.