“Não vou perder a voz." Mariana Mortágua e o café, o lugar da frente no carro e o desafio a Pedro Nuno
A TSF desafiou os líderes partidários a mostrar o lado de dentro da campanha. A coordenadora bloquista defende que “o entendimento com os partidos de esquerda é a única hipótese de uma solução estável para o país.”
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Mariana Mortágua viaja normalmente no lugar da frente “para não ser tão importunada pelo barulho e pela confusão” dos lugares de trás e consegue dormir durante a campanha, apesar de beber muito café.
Entre duas iniciativas de campanha, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) explica que é dentro do espaço da carrinha que a equipa prepara e acompanha as notícias de campanha porque é o “único espaço livre durante o dia.”
Mariana Mortágua considera que o período de debates e as viagens são a parte mais exigente, numa campanha que “é mais uma prova de resistência física”
Apostada em recuperar deputados nos distritos de Coimbra, Aveiro e Leiria, a líder do BE afirma que é “a soma de todos esses deputados que fará a maioria que é necessária para podermos virar a página maioria absoluta que degradou a vida política do país.”
A coordenadora do Bloco de Esquerda afirma que não tem falado com Pedro Nuno Santos de quem ainda aguarda uma clarificação sobre um entendimento.
“Não falei com o Pedro Nuno. Estamos agora a fazer a campanha. É importante que a campanha seja de clarificação, que cada partido diga o que é que quer fazer, o que é que quer fazer para o país e o Bloco tem estado a apresentar soluções em todas as áreas em que a maioria absoluta foi deixando aprofundar as crises.”
Mariana Mortágua defende que “o entendimento com os partidos de esquerda é a única hipótese de uma solução estável para o país.” Mas avisa que “essa solução estável não é uma mera soma de votos. Ela precisa de responder aos problemas da das pessoas”
“A estabilidade desse entendimento com a esquerda e a força desse entendimento depende das soluções que forem encontradas,” citando a habitação e Saúde como alguns exemplos.
Mariana Mortágua não receia perder a voz até ao final da campanha porque, como professora, aprendeu “alguns truques para poupar a voz”.
“Vou ter voz até ao final da campanha e muito para além dela. Eu vou continuar a ter voz,” garante.