Rui Rio chegou à 1ª Academia Calvão da Silva, do PSD, na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, sem qualquer expectativa na retoma de negociações entre o Governo e os enfermeiros. O líder do PSD voltou a sublinhar que está errada a mensagem do Governo, de que tudo está bem no país, e refere discursos contraditórios entre o primeiro-ministro e o ministro das Finanças.
Corpo do artigo
Como para Rui Rio existem dois discursos no Governo - o do primeiro-ministro e do ministro das finanças -, a reação à retoma das negociações com os enfermeiros é de hesitação.
Um primeiro-ministro que está aberto ao diálogo e um ministro das Finanças que lembra a falta de orçamento. "Se não há dinheiro para nada, o discurso do primeiro-ministro não encaixa", afirma Rui Rio. Contudo, o líder do PSD considera "altamente positivo" que haja disponibilidade para dialogar.
TSF\audio\2019\02\noticias\24\miguel_midoes_rui_rio_enfermeiros_e_governo_14h
E se não há o aval do ministro das Finanças, para Rui Rio não há ainda entendimento.
Diz o líder do PSD que neste tipo de situação há uma questão de fundo: "o Governo criou na sociedade portuguesa, e em parte continua a criar, a ideia de que a economia está excelente, que estamos no país das maravilhas, e naturalmente as pessoas fazem o raciocínio de que, se está tudo bem, é hora de fazer alguma justiça", acrescenta.
Rui Rio refere que o Governo deveria olhar para o todo do país e fazer a justiça que a economia permite. Mas, para isso, é preciso que o Governo crie primeiro uma estratégia de crescimento económico.