O líder parlamentar do PSD disse ver "com preocupação" o fim dos cortes salariais de 5% nos gabinetes dos políticos, depois de o presidente do partido ter manifestado a sua concordância com a medida.
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"Eu vejo isso com preocupação, a despesa pública é que deve estar controlada, o primeiro a dar o exemplo deve ser o Governo, e portanto discordamos profundamente dessa medida. O Governo nos últimos anos funcionou com esse corte, podia continuar a funcionar assim", defendeu Fernando Negrão, questionado pelos jornalistas no final da reunião do grupo parlamentar do PSD.
Confrontado com declarações do presidente do partido, Rui Rio, poucos minutos antes num sentido oposto, Negrão admitiu que pensa "de forma diferente".
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O jornal Público noticiou esta quinta-feira que o Governo fez um decreto preliminar que estabelece que "a redução de vencimento prevista na Lei 47/2010, de 07 de setembro, na sua redação atual, é progressivamente eliminada", até 2019.
Segundo o jornal, a partir de janeiro, os funcionários dos gabinetes dos membros do Governo (incluindo os governos regionais), de apoio pessoal dos presidentes e dos vereadores das câmaras municipais, presidente da Assembleia da República, do primeiro-ministro e do secretário-geral do Parlamento vão reaver 5% do seu salário que tinha sido cortado em 2010.
Rio disse não ter sido informado previamente pelo Governo sobre esta pretensão e escusou-se a fazer mais comentários para não dispersar a atenção do tema que escolheu para esta semana, a saúde.